Estávamos em férias ... continuação 29a. carta "Anjos de jalecos brancos e azuis"
Não foram só incidentes desastrosos ou infelizes durante essa internação. Também fomos especiais para poucos. E como fomos! Graças a Deus. Sempre tinha um anjo de jaleco branco ou azul por perto que servia de intermediário, servia de intérprete, servia de escudo... um gesto de carinho... um gesto de amor... uma palavra de esperança... uma solução encontrada.
Uma cadeira de banho maior que ficou dias no banheiro do quarto para uso só do Róger. Uma alegria por uma piscada de olhos dele. Uma visitinha rápida de um anjinho da UTI antes de pegar o plantão só para saber como tínhamos passado o dia ou a noite. Uma sacola de lençóis e fronhas limpos para ficar de reserva. Uma sacola de paninhos de higiene ainda quentes da lavanderia. Uma sacola de gelo da cozinha para aliviar a febre. A explicação dos horários dos antibióticos. Ajuda do técnico grandão e forte para as técnicas movimentarem o Róger. A promessa da troca do colchão de ar furado, cumprida meses depois. A visitinha rápida dos irmãos, dos amigos, dos parentes. O amor especial dos avós. As orações recebidas. A confiança nos médicos. As providências administrativas dos responsáveis do hospital e do convênio.
Semanas se passaram. Ao final da série de antibióticos, raios-x, tomografia, traqueostomia, o Róger recebeu alta para ser internado em Home Care novamente.
Íamos voltar para casa