Amor solitário

Eu sempre acabo voltando. Principalmente ao ouvir "nossas músicas". E então me questiono. Pergunto-me que espécie de sentimento é esse. Realmente amor? Ou uma simples loucura, sem nenhuma doçura? Já que ainda produz tanta dor? Seria então uma obsessão? Sede de uma vingança que eu jamais praticaria? Têm horas que penso se tratar de uma doença. Pois tudo que faz mal e é ruim, assim pode ser denominado. Dã, jura? Às vezes pareço óbvio demais. Tão comum quanto. Às vezes me sinto muito incomum. Uma peça que não se encaixaria em nenhum quebra-cabeças. Quem hoje em sã consciência permite, por tanto tempo, alimentar um sentimento solitário, que só soube, e assim continua, fazer mal? Mal a quem alimenta. Mesmo que não queiramos acreditar, mal também a quem recebe e não pode retribuir à altura. Doçura, loucura, tortura. Assim são os meus dias desde que de fato conheci o amor. Desde que passei a sentir de forma incondicional. Sem me preocupar com julgamentos, com lágrimas, com a rejeição. Tantos falam que devo sair dessa. Mas a maioria dos que assim o fazem acreditam que amor de verdade não se apaga, tampouco se esquece. E assim, tentando me ajudar, se contradizem. Sei que mais uma vez lá vou eu alimentar o ego alheio. Mas afirmo: sinto esse amor sim, não pude e nunca poderia escolher; mas jamais voltaria a conviver com alguém que me fez tanto mal. Porque amo, mas não sou otário. Posso ser louco, mas não sou burro. E querer-te de volta seria a maior de minhas insanidades. E de insanidades ou mesmo impulsividade, estou correndo! Meu amor por mim vem em primeiro lugar. Demorou, mas teve de chegar. Agora, pra ficar!

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 07/10/2012
Código do texto: T3921049
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