Necessidade

Hoje eu tive a mais absoluta certeza do quanto amo escrever e do quanto preciso das palavras. Veio aquele medo imenso de estar "abandonado" por elas. Quanto mais eu tentava pensar, menos palavras vinham à mente. Foram anos de leituras, de sentimentos devotados, até que o "poeta em mim" despertou. Mesmo sabendo que nem tudo faz sentido aos olhos de quem lê. Mas pra quem escreve o que sente, o que importaria senão dar sentido ao seu sentimento? A tudo aquilo que às vezes está guardado a sete chaves e poucos conseguem "enxergar"? Poucos podem ou querem notar? Sentimentos! Bom me referir a eles. Sei que ainda tenho muito deles comigo. Mas o maior deles é o sentimento por mim. Essa vontade louca de viver o mais intensamente possível, mesmo que as circunstâncias não sejam favoráveis. Essa vontade de passar o melhor às pessoas, mesmo quando sabemos não ser perfeitos, tendo a convicção de que não agradamos a todos. Afinal, um desejo desses seria muita pretensão para uma só pessoa, não? Bom saber que o poeta em mim não morre. Creio ter mais medo de deixar de escrever do que de eventualmente sofrer. Afinal, todo o sofrimento também é uma forma incrível de inspirar-se e escrever. É dessa forma que, quem mais amamos, pode nos "enxergar". Sem ser necessária uma só palavra lançada ao vento.

04/10/12

TJ Torres
Enviado por TJ Torres em 05/10/2012
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