Querida Milenka Papilio D'Ester

 

Tu despertavas em mim tudo o que de melhor pode um ser humano conter, tu despertavas em mim todos os mais belos e puros sentimentos que um ser humano  sentiria por outro ser humano.

Em todos os momentos estava eu a pensar em ti, em tudo o que fazia, em tudo o que via, em tudo o que presenciava, em tudo o que vivenciava, em todas as músicas que eu escutava - alegres ou tristes - , em tudo o que lia , enfim, em tudo, identificava-me e te identificava em todos aqueles momentos maravilhosos...

E isto trazia a mim uma condição de paz e de êxtase, de saber que aquele era o real motivo de se nascer, existir, viver e até mesmo morrer : amar; e melhor ainda que amar seria saber que a pessoa amada tinha conhecimento desse amor e permitia o exercício desse amor.

E sentia que aquele meu amor,  nosso amor, era diferente, pois  puro e simplesmente amor, que evoluia dia após dia, e que ficava a cada instante mais forte e mais puro em essência, pois não fazia cobranças, não vigiava, não se impunha, não aprisionava, pois simplesmente libertava para mais e mais amar , pois era um sentimento de troca de mais e mais amor, que não necessitava de contato visual nem físico, pois a ele, amor, pois a mim e a ti, seu valor, seu desenvolvimento estava em apenas amar, amar por amar, amar como uma necessidade imprescindível que tinha a  minha alma, meu espírito, meu ser daquele amor, tal qual um alimento para sermos e existirmos como seres humanos, feitos à imagem de Deus.

Penso que aquele era o verdadeiro amor...

Que me fazia sentir diferente  em relação ao que eu era , que me fazia feliz simplesmente por ser a felicidade intríseca ao ser e ao viver, tal como uma condição da qual não se  fugia, que não se ocultava, que não se  camuflava, que tínhamos como única alternativa o deixar fluir e invadir e trespassar e ultrapassar todo o limite do corpo físico e da mente, até mesmo do espírito.

É, posso dizer que aquele era o verdadeiro amor!

Era como eu sentia e não poderia estar enganado sobre aquele modo de encarar o amor, e mesmo que alguém viesse a me comprovar matemática e cientificamente que aquela minha perspectiva de vivenciar o amor estava errada, eu , com certeza, optaria por permanecer naquele equívoco , pois a recompensa para a minha alma era infinitamente superior a qualquer outra perspectiva de sentir o amor e dele extrair suas dádivas.

Dádivas como a de tentar colocar no papel meus sentimentos.

Antes eu não conseguia escrever e tentar externar o que eu sentia, pois mesmo que tais sentimentos lá estivessem, estavam latentes, eram sementes que  germinaram e brotaram, tudo devido a aquele amor, tudo devido a ti!!!

Beijos

Vladimir Vladimirovitch

(T.A.)

 

Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 22/09/2012
Reeditado em 28/12/2017
Código do texto: T3894868
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.