Entrega..."dezoito de setembro"

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Para mim se passaram mais de seis séculos. Mas, o calendário da vida, marca no tempo mero 6 anos.

Era primavera na capital do país. Foi quando te olhei pela segunda vez. O primeiro olhar foi exatamente nesse dia marcado, quando te entreguei o meu amor puro e sem manchas de hipocrisia. Eu já te amava, percebi quando você segurou minha mão e tocou meu rosto com seu sorriso. Mais uma vez se fez paz, te entreguei meus segrêdos, um a um.

Com movimentos delicados e reservados, eu percorri cada detalhe do teu infinito. Expressamente, "requisitos" apaixonantes. Foi quando flutuei e naveguei na tua sinfonia de sensações.

Se hoje, sou apenas um vulto na multidão, é porque fiz de você a minha realidade. Mas, quando essa saudade, for apenas um "intervalo", um milagre já terá acontecido e eu serei totalmente diferente. Terei me transformado numa dimensão uniforme e sem formas, sem rastros de inocência. Serei só uma lembrança inerente da sua experiência mestre.

Se por acaso pressentir ainda a minha presença no ar, não terás dúvida do caminho do amor.

A ilusão só chegará quando o vazio preencher todos os teus limites e a textura do meu afeto contornar o teu horizonte.

Como agradecer pela felicidade que você me presenteou, eu não sei!

Como te pedir perdão, por ter permitido terceiros, adentrar no nosso mundo tão perfeito, eu não saberia dizer com simples palavras.

Despeço-me, fortalecida "ainda" desse encantamento que você deixou fluir no meu coração, como fonte perene de inspiração e emoção, aos meus dias sem fim. Porque é assim o meu caminho: não tem fim...porque falta a sua segurança e o seu abraço para me proteger e renascer em mim uma 2ª vida.

Com saudades sem fim... ...

Cemma
Enviado por Cemma em 18/09/2012
Reeditado em 18/09/2012
Código do texto: T3889136
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