Encontros, perdas e despedidas
Toda vez que me perco, te encontro. A cada vez que te encontro, volto a me perder. E nesse ciclo sem fim vou tentando sobreviver. Sem você, já sei ser possível viver. Embora tenha se tornado quase impossível não te amar. Não me lembrar de cada sorriso, de cada abraço, de cada beijo. De cada momento que juntos partilhamos. Da mesma sintonia. Embora seja cada vez mais difícil segurar a lágrima que insiste em cair ao lembrar-me de você. Ao pensar em nós dois. Ainda mais difícil fica controlar esse coração. Que dispara. Ao ponto de querer sair do peito. Quando deseja que, ao menos por um instante, você se lembre desse cara que tanto te amou. Que ainda te ama. Que ainda sonha. Ainda chora. Que se sente sufocado e angustiado com a tortura que se tornou lembrar que já não lhe tem mais ao seu lado. Que nada mais pode fazer senão pensar. Em todas essas lembranças que nem mesmo o tempo será capaz de apagar. E ninguém conseguirá me tirar. Nem mesmo você. Nem mesmo a ideia do “nunca mais”. Como o próprio clichê já diz: “amor não se escolhe, acontece“. Infelizmente, ou não, foi você quem “aconteceu” em minha vida. E amor de verdade, a gente nunca esquece, nem foge, nem descarta. Somente sente. É o que venho fazendo perfeitamente bem. Sem exigir nada, impor nada. Sem nem ao menos te procurar para dizer o que você e o mundo já conhece. Esse amor incondicional. Que não precisou de nenhuma razão para nascer. Mas hoje queria somente uma para morrer.