E a dor volta

É... Acho que... Talvez fosse... Não sei. Perdi as palavras, e nem sei se elas tão tarde vão voltar. E foi num suspiro, tudo eu diria. Foi tão... É difícil dizer, ter a coragem de dar ao coração meia dúzia de palavras, sequer.

Talvez, pela experiência, que é antiga, inclusive, não fossem as pessoas passar por isso, mas parece inevitável que as lágrimas tomem conta de tempos em tempos, mas isso é outra história.

É tudo tão... silencioso (as pessoas não estão em momento de escolher palavra), não fossem os sussurros lembrados e os gemidos de dor, como um corte raso na pele, uma farpa, uma farpa interna e quase que desprezível, no entanto.

Pois que desejava que não precisassem tomar decisões ou que nem pudessem viver. Quem sabe não seria melhor seguir num ceticismo?!

Elas não acham que aquela dor, aquela, já conhecida ainda vai lhes fazer chorar, por dentro que seja. São tantas as vezes que acontece. E é, segundo elas, sempre a mesma. Deixa sem palavras, sem ar, adormece toda e qualquer base sólida – e são eles que alimentam a tolice de que isso existe - e machuca e demora para ir embora.

E tudo isso não é mentira:

“que coisa, eu gosto mais de vc do que imaginei...hahaha

que merda

bom, deixa eu sair daqui

e, desde já, desculpa se eu for grosso com vc hoje...

é mecanismo de defesa...” (Palavras de um alguém)

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 10/09/2012
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