O HOMEM DO MAR (02)
Um navio é uma casa com o seu chefe, o irmão mais velho, os menores e o caçula. Um bom capitão é como se fosse um exemplar chefe de família, fazendo o papel de pai e muitas vezes de juíz, procurando manter a harmonia, a ordem, o bem estar, a diciplina e a amizade entre os seus comandados.
As (24) vinte e quatro horas do dia à bordo, são assim divididas: Oito horas para trabalhar
Oito horas para descansar
e mais... Oito horas de prisão...
Prisão faz parte das lides do homem de bordo. Não é força de expressão. É cadeia, casa de detenção para homens não sentenciados. Ali o preso é quase incomunicável!
Chega as férias... Vinte e poucos dias para resolver problemas, desfrutar do convívio familiar e respirar um ar diferente. Vinte dias para desintoxicar o organismo do ambiente insalubre em que vive. Vinte e poucos dias para melhor pensar e melhor razão encontrar para abandonar a profissão. Já que é isso com que todos sonham... ou pelo menos a maioria.
As féria terminaram... e nada resolveu, e nada conseguiu realizar de seus planos tão cuidadosamente elaborados, e, cabisbaixo volta ao seu martírio. Reanimado novamente luta e vence... Vitória sem valor para si... É como um exército que ganha a guerra; a nação se enche de glórias, mas as familias dos heróis vestem luto...
As preocupações dos seus familiares nunca cessam. a falta de notícias é aterradora! Os boatos são enlouquecedores! A ausência faz com que não coopere na educação dos filhos... É uma família praticamente sem chefe.. São crianças cujo pai... não está morto e nem vivo... Está esquecido.
Um marinheiro
( Este texto não é meu, encontrei-o em uma das gavetas da enfermaria de bordo de um dos navios em que trabalhei. Achei fantástica a perfeição com que esse marinheirro descreve a vida a bordo! pois era essa também a minha vida...)
Sonia
Um navio é uma casa com o seu chefe, o irmão mais velho, os menores e o caçula. Um bom capitão é como se fosse um exemplar chefe de família, fazendo o papel de pai e muitas vezes de juíz, procurando manter a harmonia, a ordem, o bem estar, a diciplina e a amizade entre os seus comandados.
As (24) vinte e quatro horas do dia à bordo, são assim divididas: Oito horas para trabalhar
Oito horas para descansar
e mais... Oito horas de prisão...
Prisão faz parte das lides do homem de bordo. Não é força de expressão. É cadeia, casa de detenção para homens não sentenciados. Ali o preso é quase incomunicável!
Chega as férias... Vinte e poucos dias para resolver problemas, desfrutar do convívio familiar e respirar um ar diferente. Vinte dias para desintoxicar o organismo do ambiente insalubre em que vive. Vinte e poucos dias para melhor pensar e melhor razão encontrar para abandonar a profissão. Já que é isso com que todos sonham... ou pelo menos a maioria.
As féria terminaram... e nada resolveu, e nada conseguiu realizar de seus planos tão cuidadosamente elaborados, e, cabisbaixo volta ao seu martírio. Reanimado novamente luta e vence... Vitória sem valor para si... É como um exército que ganha a guerra; a nação se enche de glórias, mas as familias dos heróis vestem luto...
As preocupações dos seus familiares nunca cessam. a falta de notícias é aterradora! Os boatos são enlouquecedores! A ausência faz com que não coopere na educação dos filhos... É uma família praticamente sem chefe.. São crianças cujo pai... não está morto e nem vivo... Está esquecido.
Um marinheiro
( Este texto não é meu, encontrei-o em uma das gavetas da enfermaria de bordo de um dos navios em que trabalhei. Achei fantástica a perfeição com que esse marinheirro descreve a vida a bordo! pois era essa também a minha vida...)
Sonia