Estávamos em férias ... continuação 7a. carta "A saída de Toledo/PR"
Saimos de Toledo/PR sem contas a pagar. Cada um pagou sua conta no hotel. Até a nossa conta de hospedagem foi paga por nosso cunhado, nossas refeições foram simplesmente rateadas no dia-a-dia. Cada dia um nos chamava para almoçar.
Quero destacar que a nossa família é de trabalhadores. A grande maioria vive do seu trabalho. E mesmo assim, cada um contribuiu, com o objetivo de nos poupar, de nos tirar preocupação.
Nossas coisas foram organizadas pela minha irmã. Ela é uma pessoa muito prática, junto com meu cunhado ajudou-me a recolher as bagagens do carro sob guarda da seguradora. Dias depois, lembrou-se de me ajudar a providenciar a lavagem de roupas. Ajudou-me a separar, aliás, separou tudo para mim, levou na lavanderia e ainda ajudou os meninos a separarem e guardarem nas malas. Ela é tão observadora que chegou com alguns pares de meias para mim, pois percebeu que eu estava precisando.
Meu sobrinho, e afilhado, estava lá, me olhando com os olhos mais amorosos que podia demonstrar, calado, ajudando-nos a pensar, sempre pronto a ajudar nas idas e vindas de uma cidade para outra, pegando exames, levando laudos, roupas, pessoas de um hospital para outro... nosso adotadinho ainda estava lá e os amigos queriam ver tanto o Róger como ele.
Tinha outro adotadinho por perto, amigo de infância do Róger, que também nos ajudou muito. Ele e o médico recém formado dormiram num “muquifo” na primeira noite em Toledo, pois estava tendo um evento na região e todos os hotéis, pousadas estavam lotadas. É ou não uma prova de amor? Além deles, outros da família, dormiram em cidades próximas, deixando a reserva para próximos dias.
A noite reuníamos no hotel numa mesa enorme, onde conversamos, chorávamos, riamos.
Anjos existem... tem rostos, nomes e agem. Muito obrigada. Neste momento, estou me lembrando de tanta coisa e ainda certamente me lembrarei à medida que escrevo esta história. Sinto medo de deixar de relatar fatos, atos, gestos, carinhos recebidos por outros anjos nessa fase.
Faziam o que nós precisávamos no momento e retornavam aos seus afazeres. Logo chegavam outros que completavam, concluíam ou iniciavam novas tarefas. Falando assim parece até ficção? Romance? Novela? De certa forma eu me sentia dentro de um furacão, com as coisas acontecendo e eu girando dentro.
Por isso, os anjos estavam por perto. E quem envia os anjos? ELE. Obrigada meu Deus!!!
Fim da 7ª. Carta – publicada em 05 set 2012