Amor: meu mal necessário
Muitas vezes me surpreendi pensando em tudo aquilo que quero. Em tudo o que eu ainda acredito precisar. Mesmo quando as circunstâncias tentavam me mostrar o contrário. Sempre procurei por alguém que estivesse disposto e preparado para se doar por completo. Sem condições, sem exigências, sem meio termo. Então eu mesmo me perguntava se estou preparado para receber e retribuir à altura. Sabe aquele velho medo de não estar à altura? Pois bem. Ele sempre me acompanha. Principalmente quando conheço alguém que reconheço ter o potencial para fazer qualquer pessoa feliz. E sofro com isso. Deixar passar sem nada poder fazer para evitar. E continuar dando tantos murros em ponta de facas. Que me ferem fundo. Machucam a tal ponto que me entrego à essa velha reclusão. Que não me protege de ninguém. Especialmente de mim mesmo. Quando tento me passar por forte. Em momentos que somente eu e quem me conhece bem sabemos o quanto a fraqueza ainda tem o dom de se abater sobre mim. Mas não desisto. Nesses momentos descubro o quanto ainda sou forte. O quanto amadureci. E reconheço toda a capacidade que ainda tenho de fazer alguém feliz. Do mesmo jeito que um dia já fiz. Um dia...