Despedida

Não digo que fiz isso por covardia ou fraqueza, apenas não encontrei motivos para não fazer. Não quero que ninguém se culpe por isso, não há culpa, nunca haverá.

Sentir-se totalmente deslocado, preso em algo que nunca pareceu ser parte de mim, fez a insanidade começar a tomar conta de meus pensamentos, e em respeito a todos os meus ideais, decidi sucumbir. Não quis entregar o jogo à futilidade do “acaso”, fiz perguntas e encontrei minhas próprias respostas. Pude concluir que nunca haverá um acordo entre a realidade e a minha fantasia de realidade.

Provavelmente quando esta carta estiver sendo lida, não terei mais pensamentos, respostas ou idéias, estarei mergulhando em um abismo eterno, me entregando ao esquecimento.

Peço a todos a compreensão ao invés de dó ou raiva, fiz o que tinha de ser feito. Tenho esperança que com esse ato de desespero consiga afetar a vida de algumas pessoas de maneira positiva, pois quando vivenciado tal ato, mesmo sem querer, novas perguntas começam a se fazer na mente dos envolvidos.

Agradeço a todos que um dia passaram por minha vida e gostaria de dizer que sentirei saudades de todos vocês.

Carinhosamente,

Rafael.

R Castro
Enviado por R Castro em 22/08/2012
Código do texto: T3843653
Classificação de conteúdo: seguro