A REALIDADE DO REALISTA
esta carta é um fato verídico, com nomes fictícios)
Sou filho único e fui criado por minha avó, e aos meus 21 anos, após a perda da mesma, conheci uma mulher de nome Regina, ela a época tinha 28 anos, foi um relacionamento rápido, entre namoro e noivado, e após cinco meses relacionamento casei-me com ela, estando grávida de um filho meu.
Não o fato ocorrido, mas eu tinha um grande amor, por ela, me sentia muito carente e sozinho, principalmente, após a minha perda... É, mas quando se é jovem vivemos num mundo fantasioso e com o passar do tempo caímos na árdua realidade da vida.
Bem, havia assumido um compromisso com a Regina, e me senti na obrigação de lhe oferecer o melhor que podia dar, porém, não havia percebido que algo estava errado, enfim havia um problema, algo para realmente faltava para completar a nossa relação com chave de ouro, e sermos uma casal completamente feliz.
Regina dedicou-se completamente a mim, me deu carinho, trabalhou criou nossos filhos, uma exemplar dona de casa, eu da minha parte me defini profissionalmente, e dentro das minhas possibilidades lhe agrado em tudo, mas como nem tudo pode ser perfeito há um problema nessa relação.
Não sei se o problema é responsabilidade minha, ou de Regina, simplesmente adoro fazer amor, já Regina não, ela a até a presente data sempre me acusa de alguns erros que cometo do cotidiano para evitar o ato, e nesse tempo todo que vivi e vivo com ela, faz 21 anos, sempre acatei suas desculpas, pensando que um dia haveria um consenso em nossa relação conjugal. Espero até hoje a explosão de seu desejo, porém com o passar do tempo, mais eu sinto carência desse meu lado.
Sei que não sou perfeito, eu erro como todo ser humano, e nessa minha longa espera me envolvi sexualmente com três mulheres, uma a Cristina, uma mulher casada, da minha idade, outra Flávia uma menina mulher de 20 anos, e outra que veio a falecer de 25 anos de nome Jorgiane. Isso tudo que aconteceu comigo, me fez me sentir mal, me fez me sentir culpado, porém jamais saí do lado de Regina.
Porém, como não gosto de mentiras e falsidades num relacionamento, contei-lhe tudo o que ocorreu, e nessas vezes que a Regina se sentiu ameaçada, ela realmente virou uma mulher perfeita em todos os ângulos, o que me fez me sentir mais culpado por minha infidelidade, mas com o passar do tempo ela voltava ao seu estado normal sem gostar de fazer amor.
Penso até hoje, se o defeito é meu, talvez eu não seja homem suficiente para saciá-la em seus desejos, ou até mesmo não consegui realizar as suas fantasias sexuais, já lhe fiz uma proposta de separação amigável, porém ela mesma em seus momentos de diálogo comigo, disse que não tinha ninguém, disse que me ama, porém me disse que eu, somente eu sou responsável por sua falta de apetite sexual, me culpando por simplesmente por deixar de lavar o carro, sendo este um dos motivos de não sentir vontade de fazer amor, por pelo menos um mês.
Vivo até hoje ao seu lado, temos três filhos, um de 21, 18 e 10 anos, resultado das poucas vezes que nos relacionamos, e nos demais assuntos da vida de um casal, vivemos uma vida exemplar, faltando o que por minha parte, eu acho, o ato sexual que é consumação do casamento. Com certeza posso lhe contar quantas vezes nesses 21 anos de vida conjugal se consumou o ato sexual entre nós.
Hoje com minha idade de 43 anos, cheios de dúvidas, me pergunto o que fazer: Aceitar esta realidade, até quando Deus quiser? Ou tentar ser feliz, procurando uma outra pessoa para viver ao meu lado? Bem talvez tenha que procurar um médico por que tenho tanto desejo sexual.
Amigos este fato acima não ficção, é real. Realmente gostaria de uma opinião de vocês, verdadeiramente como se estivesse acontecendo com vocês, beijo no coração.
O Realista, em 16/02/07.