verdade construída ou mentira inventada?
Onde começa e onde termina a fantasia que criei pra “sobreviver dignamente” à situação da espera, do isolamento em dias como o de hoje? O que é verdade em mim? São tantas as verdades construídas ou tantas as mentiras inventadas? Até onde me construí ou me deixei inventar pra tentar driblar o desejo de viver o meu amor na inteireza do tempo e do espaço? Por que não ouso gritar o que quero? Por que quero o que não ouso gritar? Qual o sentido de tanto amor? Qual a verdade do tesão incontido, urgente, vagabundo até? Qual o sentido do vivido ao celular ou à prisão do virtual?
Tão contrários o que sinto e o que filtro do que sinto... Tão contrárias as xerazades...tão fraca, tão comum, tão piegas... tão desejosa de amar despretensiosa e resignadamente pra sobreviver ao amor..tão confusa..Tão desonesta ao gritar pra ti a minha submissão, a minha aceitação, a minha felicidade...Tão covarde em não conseguir ser feliz o tempo todo... tão covarde “morrer” sozinha e “renascer” quando me diz obscenidades...quando me enrosca, me invade, me domina, me “toma”..Tão débil em “aceitar” tantas e, intimamente, chorar calada e, ainda, na manhã seguinte, te confessar, debilmente, meus ciúmes...
Tão patético tudo isto ..