MISSIVA DO MEU PRIMEIRO LIVRO, CARTAS DE EVITA QUE PERON NÃO LEU (OU LEU?)
Foi mais ou menos assim...
Estavam isoladas, no sótão,
jogadas a esmo, esperando.
Em velhas caixas de papelão,
resgatei nossa antiga história:
Dessas hoje desatualizadas.
Cartas, bilhetes, cartas...
todas elas alquebradas,
escuras de saudades,
com nuvens esparsas.
Na época em que a vivi,
(e olha que naquele tempo
eu era infeliz e já sabia),
não era moda reciclar tais
caixas velhas de papelão.
Hoje, os tempos mudaram,
mesmo que escreva pra ti,
não acreditaria no resgate,
de tolas divagações sem fim.
Provavelmente, na livraria,
nem vão nos reconhecer
nas entrelinhas, no ardor
dos vivos pseudônimos...
Hoje nem reconhecerias
minha voz sussurrando
igual fantasma, tantos
momentos de desamor.
Posso reciclar os papéis
as cartas, os bilhetes...
mas aquele que julguei
ser o verdadeiro amor,
pobre coitado, se suicidou...
Foi mais ou menos assim...
Estavam isoladas, no sótão,
jogadas a esmo, esperando.
Em velhas caixas de papelão,
resgatei nossa antiga história:
Dessas hoje desatualizadas.
Cartas, bilhetes, cartas...
todas elas alquebradas,
escuras de saudades,
com nuvens esparsas.
Na época em que a vivi,
(e olha que naquele tempo
eu era infeliz e já sabia),
não era moda reciclar tais
caixas velhas de papelão.
Hoje, os tempos mudaram,
mesmo que escreva pra ti,
não acreditaria no resgate,
de tolas divagações sem fim.
Provavelmente, na livraria,
nem vão nos reconhecer
nas entrelinhas, no ardor
dos vivos pseudônimos...
Hoje nem reconhecerias
minha voz sussurrando
igual fantasma, tantos
momentos de desamor.
Posso reciclar os papéis
as cartas, os bilhetes...
mas aquele que julguei
ser o verdadeiro amor,
pobre coitado, se suicidou...