Carta de um coração despedaçado
Acho que é a hora, talvez seja mesmo a hora, talvez seja a hora de cair na realidade e admitir que talvez eu não seja ninguém longe de você. Talvez seja a hora de admitir que talvez as coisas não tenham tanta importância se você não está ao meu lado, de admitir que se eu não estou contigo nada vale realmente a pena, que meus sorrisos estão sós, pela metade e que tudo isso não passa de um maldito sonho/pesadêlo aonde preciso viver abstido de meu mundo que foi retirado de mim. Talvez seja a hora de admitir que sem você não sou nada e admitir que tudo o que foi construído ao seu lado não vale nada sem ti. Talvez seja hora de esvaziar o coração e deixá-lo vazio assim como o vazio que é não estar ao seu lado, talvez esteja na hora de parar de sair como se nada tivesse ocorrido e cair na real. Talvez seja a hora de totalmente se autodestruir para se reconstruir de novo.
Se essa maldita vontade de você passasse, se ela se afastasse e deixasse comigo o que ainda há de mim, e me deixasse reconstruir minhas pedrinhas sem me derrubar com tempestades de sonhos mal resolvidos, talvez se eu pudesse seguir um novo caminho, se eu conseguisse ser mais paciente, mais paciente que os malditos 9 meses em que vi seu coração ir embora do meu. Mais paciente do que quando te vi levar consigo tudo aquilo que havia em mim e ficar tudo bem. Talvez se eu fosse incapaz de perdoar ou cruel o suficiente para me vingar, talvez eu pudesse fazer diferente, mas não o pude.
Eu não sei qual o problema de verdade, não sei mais se te quero aqui ou se apenas quero que esse vazio vá embora, não sei mais se é por amar você ou por medo do nós que não consigo amar outra pessoa, talvez seja vontade de esperar, talvez medo de se entregar quem sabe.
É uma tremenda confusão, uma tremenda bagunça, que começa em sorrisos e acaba em lágrimas até que eu consiga sorrir de novo, é uma tremenda confusão, devolve meu coração me liberta pro meu mundo novo.