Até Quando?
Em um país tão grande com tanta cultura, não se pode vender sua arte na rua.
Sou pai, tenho mulher e filhos, é impossível nos manter só com aposentadoria.
Já tenho idade e experiência, mas neste país jovem, já estou velho pra trabalhar.
Sou artesão é o que sei fazer , vendo na rua ( ou melhor vendia), não vendo nada adulterado nem fujo das leis vendendo pirataria, este material sou eu que compro pra vender estes quadrinhos pintados á mão.
Isso é arte, não estou me aproveitando de ninguém, eu vendo um produto e recebo por ele, não compreendo o que há de errado, eu tento ganhar meu dinheiro honestamente, entregando arte as pessoas.
Os direitos humanos me dizem que tenho direito a comida e a trabalho, mas se este país me proíbe de trabalhar, a comida não vem.
O que vou dizer aos meus filhos quando chegar em casa sem o jantar?
Que a lei desta cidade me proíbe de alimenta-lo com minha arte?
(Texto criado em defesa dos artistas de rua, que são proibidos de vender artesanato na R: Vinte e cinco de Março, um dos maiores centros comerciais de São Paulo.)