Você
Ao confessar que, há dois tipos de pessoa que eu permito ao meu convívio, sei que por um instante deixei-te atônito. Confesso que não menti, pois sou o que transpareço, embora muitas vezes não me permito expressar os meus sentimentos por vários fatores e o principal é o receio da receptividade daquele(a) a quem profiro. Seja uma opinião, uma crítica ou mesmo um sentimento.
Tenho andado um pouco a “deriva”, cética eu diria mas nunca alheia em relação a você. Sei que deve estar a questionar o meu comportamento com relação ao vosso reate. Estou a fingir que não os vejo? Não. O que está acontecendo é talvez a minha indiferença em relação ao caso. Nunca torci contra e tão pouco a favor. Confesso que no primeiro momento em que os vi juntos, no dia da suposta exposição pois teria sido apenas no dia seguinte, houve uma dupla reação, embora já imaginava que fosse ela, fiquei contente e ao mesmo tempo triste. Pois senti perde-lo, esvaindo na minha vida. Para mim, você era meu até então, do meu jeito é claro, sabia que não conseguiria ter a mesma atitude para com você sendo ela sua namorada. Perderia naquele instante toda a minha liberdade em relação a você, queria eu que fosse a Albertina ou Valentina, qualquer uma mas não ela. Após o vosso rompimento fiquei mais aliviada, pois percebi que o terei novamente e, realmente o tive. Você não imagina o que é estar apenas ao seu lado ou ouvir a sua voz no outro lado da linha... É o suficiente para tornar o meu dia melhor! Infelizmente sentimentos não controlamos, apenas acontece, mesmo sem razão, algo que emana e nos domina.
Talvez entenda agora a minha indiferença.
Sofro menos e ajo conforme queira.
Único e verdadeiro fato é vê-lo feliz.
Ela? Amiga não considero, uma conhecida e você sabe o motivo, contei logo após o vosso rompimento. Sinto pela minha indiferença em relação à ela mas é a mais pura “eu”. Espero que entenda!