CARTAS DE AMOR - SÉRIE MISSIVAS - 7
Carta de amor n° 7:
Querida, estávamos o piano e eu recordando notas ao acaso, quando um si bemol desafiou o tempo e, ecoando mais alto, melancolicamente saudoso de ti, varou-me o peito. Ah... certeiro acorde, mergulhou-me tão profundamente, que se fez capaz de despertar dores e alegrias tão cuidadosamente apertadas, tal desafogasse um oceano de amores. O som macio fazendo travessia na carne morna, não se deteve ante o rio salgado, estuário transbordante dos meus olhos e seguiu firme calando-me na boca todo e qualquer ruído e pôs-se a galopar no coração em disparada. Eu guardo o si bemol na alma, d’onde nada há de arrancá-lo de mim, para que breve, seja por um só instante, quiçá por toda eternidade, possa dividi-lo contigo. E enquanto o tempo brinca em te manter distante, atenta ao céu, partitura grafada em estrelas a tua direita, onde o sol desponta a iluminar-me, verás a constelação da nossa sinfonia.
Gustavo Schramm
Resposta n° 7
Ah quanto me custa estar assim distante. Quantas músicas me falam à alma, quanto revejo teus dedos dedilhando as melodias de um amor exuberante. Como se adiantava o tempo sem peso e sem tormento, quando essas mãos pousadas no piano, faziam verter melodias de acalento. Meu amor, estanca a tua tristeza que ela vem de pronto em todas as notas que meu pranto entoa. Toca a melodia que era minha e tua, a preferida, e lembra a nossa paz... nossa maior ventura. Que o si bemol te mantenha acentuada a segurança de que nenhuma outra música me encantou tanto quanto a tua. Que ele te cante a certeza de que fez morada neste peito e sempre, quando soa, põe-me também o coração em disparada. Eu olho sim para a constelação da nossa sinfonia, e o céu se espalha por todo meu ser. A partitura, tu, tuas mãos e os dedos dedilhando as notas, das mais lindas canções; do mais terno amor, que temos no peito e que jamais esquecerei.
Sônia Prazeres
Carta de amor n° 7:
Querida, estávamos o piano e eu recordando notas ao acaso, quando um si bemol desafiou o tempo e, ecoando mais alto, melancolicamente saudoso de ti, varou-me o peito. Ah... certeiro acorde, mergulhou-me tão profundamente, que se fez capaz de despertar dores e alegrias tão cuidadosamente apertadas, tal desafogasse um oceano de amores. O som macio fazendo travessia na carne morna, não se deteve ante o rio salgado, estuário transbordante dos meus olhos e seguiu firme calando-me na boca todo e qualquer ruído e pôs-se a galopar no coração em disparada. Eu guardo o si bemol na alma, d’onde nada há de arrancá-lo de mim, para que breve, seja por um só instante, quiçá por toda eternidade, possa dividi-lo contigo. E enquanto o tempo brinca em te manter distante, atenta ao céu, partitura grafada em estrelas a tua direita, onde o sol desponta a iluminar-me, verás a constelação da nossa sinfonia.
Gustavo Schramm
Resposta n° 7
Ah quanto me custa estar assim distante. Quantas músicas me falam à alma, quanto revejo teus dedos dedilhando as melodias de um amor exuberante. Como se adiantava o tempo sem peso e sem tormento, quando essas mãos pousadas no piano, faziam verter melodias de acalento. Meu amor, estanca a tua tristeza que ela vem de pronto em todas as notas que meu pranto entoa. Toca a melodia que era minha e tua, a preferida, e lembra a nossa paz... nossa maior ventura. Que o si bemol te mantenha acentuada a segurança de que nenhuma outra música me encantou tanto quanto a tua. Que ele te cante a certeza de que fez morada neste peito e sempre, quando soa, põe-me também o coração em disparada. Eu olho sim para a constelação da nossa sinfonia, e o céu se espalha por todo meu ser. A partitura, tu, tuas mãos e os dedos dedilhando as notas, das mais lindas canções; do mais terno amor, que temos no peito e que jamais esquecerei.
Sônia Prazeres