Carta à sociedade
Caríssima (como caríssima) Sociedade.
Venho por meio dessa como um desabafo, triste e cansado, gostaria de trazer noticias melhores, mas no atual cenário tornam tais noticias impossíveis. Primeiramente gostaria de te dar os parabéns por conseguir chegar mas uma vez ao seu maior ponto evolucionista, e com isso destruir a sua própria morada e matar seus próprios filhos. Hoje a sociedade de consumo consome muito mais do que necessário, os políticos praticam a politicagem muito mais do que o necessário, os corruptos estão corompidos pelo capital, e quando eu digo corruptos não me refiro apenas a políticos, mas toda a sociedade corrompida pelo capital, e no cenário atual é mais fácil eu acreditar em chuva de canivete do que em bondade pura. O consumismo que gira a economia e fazer crescer a nação é o mesmo que deixa crianças dormindo no chão, é necessário compartilhar, é necessário diminuir e necessário se humanizar. Mas quem esta disposto a fazer isso? Quase ninguém doa seu tempo ou dinheiro para ajudar a quem precisa, mas sim em comprar coisas fúteis e agradar pessoas inúteis. Todos sabem disso, enquanto uns tem muitos outros não tem nada, todos querem tornar a sociedade justa, mas o que você esta fazendo para isso ocorrer?
Em toda a historia o homem procurou a liberdade, em nome dele aconteceu revoluções e muitas mortes, mas o homem nunca será livre já que é escravo de uma tenebrosa força criada por ele próprio o capital.
Em que triste momento foi que o capital se tornou a coisa mais importante? Em que momento o homem inventor da filosofia, da arte, da ciência e de muitas outras formas de conhecimento se tornou escravo de um ser criado por ele próprio?
Me entristece saber que convivo com você cara sociedade, já pensei em te abandonar diversas vezes, mas o meu desejo em tentar mudar é maior que o meu medo de falhar, sei que não mudarei o mundo, mas mudando o meu mundo já é um grande começo.
Estimo melhoras e que vivas em paz.
De um poeta triste sem nome e nem renome.