Foto do Google
PELA VELHA ATRIZ
Fortaleza, 03 de junho de 2012.
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Digníssima Dilma Rousseff:
Outro dia li uma matéria, em uma revista, e hoje todos vimos a reportagem, num canal de televisão, sobre o estado de penúria em que se encontra a atriz Norma Bengell.
O Brasil inteiro, neste domingo, 03, com grande espanto, assistiu à entrevista com a atriz que estrelou o filme "Os cafajestes" e tantas e tantas outras fitas importantes.
A estrela que obteve Palma de Ouro, em Cannes, na França, com "O pagador de promessas", promovendo internacionalmente a nossa produção cinematográfica e o próprio Brasil, está - lamentavelmente - na miséria.
De um talento incrível, como atriz, e com uma beleza que lembrava muito bem a francesa Brigitte Bardot, Norma Bengell chegou ainda a dirigir filmes, mas soçobrou nas águas turvas da adversidade.
Envelhecida, solitária, pobre, sem uma aposentadoria, doente e presa a uma cadeira de rodas, sem meios sequer para obter sua alimentação e os remédios necessários, ela está a dever ao Fisco alguns milhões e jamais poderá saldá-los.
Segundo a própria atriz, sua dívida à União, há anos, deu-se por conta de um advogado que a lesou, não lhe pagando os devidos impostos na Receita Federal, embora fosse ele incumbido para tal.
A casa que fora propriedade dela, no momento, acha-se sob a tutela da União e quase todos os pertences de valor que Norma possuía já foram vendidos, até mesmo a mesa, Senhora Presidenta.
Ainda morando na dita casa, mas sem poder vendê-la para manter-se, na compra de remédios e alimentação, verdadeiramente, de sua, apenas lhe resta a cadeira de rodas.
Os amigos que tinha, com raríssimas exceções, inclusive atores e atrizes, fugiram.
Diante de tal quadro de má sorte e de penúria, em nome da misericórida e dos Direitos Humanos mais elementares, Senhora Presidenta, apelamos à sua generosidade que à velha, doente e solitária atriz lhe sejam concedidas: 1º, uma ANISTIA FISCAL, pois, ao menos ao morrer, ela não levará à tumba a pecha de caloteira da União; 2º, uma APOSENTADORIA, ao menos modestamente, já pelos relevantes serviços que a importante atriz prestou às artes cênicas, neste País, divertindo e emocionando o nosso povo brasileiro.
Corta-nos o caração ver uma linda atriz, talentosa e cheia de vida, hoje doente, entrevada e enrugada, a fenecer aos olhos indiferentes dos seus concidadãos. E ela não foi ladra, não participou de mensalão nenhum nem das enxurradas do Sr. Cachoeira.
Por favor, em nome da misericórdia e dos Direitos Humanos mais elementares, sob o império das Leis vigentes na República, Senhora Presidenta Dilma Rousseff, veja com carinho o que é possível fazer pela velha e enferma atriz Norma Bengell.
Meus respeitosos cumprimentos, cara Presidenta.
João Gomes da Silveira
PELA VELHA ATRIZ
Fortaleza, 03 de junho de 2012.
Excelentíssima Senhora Presidenta da República,
Digníssima Dilma Rousseff:
Outro dia li uma matéria, em uma revista, e hoje todos vimos a reportagem, num canal de televisão, sobre o estado de penúria em que se encontra a atriz Norma Bengell.
O Brasil inteiro, neste domingo, 03, com grande espanto, assistiu à entrevista com a atriz que estrelou o filme "Os cafajestes" e tantas e tantas outras fitas importantes.
A estrela que obteve Palma de Ouro, em Cannes, na França, com "O pagador de promessas", promovendo internacionalmente a nossa produção cinematográfica e o próprio Brasil, está - lamentavelmente - na miséria.
De um talento incrível, como atriz, e com uma beleza que lembrava muito bem a francesa Brigitte Bardot, Norma Bengell chegou ainda a dirigir filmes, mas soçobrou nas águas turvas da adversidade.
Envelhecida, solitária, pobre, sem uma aposentadoria, doente e presa a uma cadeira de rodas, sem meios sequer para obter sua alimentação e os remédios necessários, ela está a dever ao Fisco alguns milhões e jamais poderá saldá-los.
Segundo a própria atriz, sua dívida à União, há anos, deu-se por conta de um advogado que a lesou, não lhe pagando os devidos impostos na Receita Federal, embora fosse ele incumbido para tal.
A casa que fora propriedade dela, no momento, acha-se sob a tutela da União e quase todos os pertences de valor que Norma possuía já foram vendidos, até mesmo a mesa, Senhora Presidenta.
Ainda morando na dita casa, mas sem poder vendê-la para manter-se, na compra de remédios e alimentação, verdadeiramente, de sua, apenas lhe resta a cadeira de rodas.
Os amigos que tinha, com raríssimas exceções, inclusive atores e atrizes, fugiram.
Diante de tal quadro de má sorte e de penúria, em nome da misericórida e dos Direitos Humanos mais elementares, Senhora Presidenta, apelamos à sua generosidade que à velha, doente e solitária atriz lhe sejam concedidas: 1º, uma ANISTIA FISCAL, pois, ao menos ao morrer, ela não levará à tumba a pecha de caloteira da União; 2º, uma APOSENTADORIA, ao menos modestamente, já pelos relevantes serviços que a importante atriz prestou às artes cênicas, neste País, divertindo e emocionando o nosso povo brasileiro.
Corta-nos o caração ver uma linda atriz, talentosa e cheia de vida, hoje doente, entrevada e enrugada, a fenecer aos olhos indiferentes dos seus concidadãos. E ela não foi ladra, não participou de mensalão nenhum nem das enxurradas do Sr. Cachoeira.
Por favor, em nome da misericórdia e dos Direitos Humanos mais elementares, sob o império das Leis vigentes na República, Senhora Presidenta Dilma Rousseff, veja com carinho o que é possível fazer pela velha e enferma atriz Norma Bengell.
Meus respeitosos cumprimentos, cara Presidenta.
João Gomes da Silveira