Imitando GEENA - Começaram as vendas!
Todo mundo sabia que eu andava ocupadíssimo com os detalhes finais para o lançamento do meu primeiro romance policial, Imitando GEENA.
Sim, faz bastante tempo que eu estou martelando nessa tecla por tudo que é canto: Facebook, Orkut, Youtube... tem gente que já deve estar pra lá de enjoada disso. Mas vocês acham que é fácil tirar um projeto desses do papel? Ou, melhor ainda, colocá-lo no papel? Se eu estivesse sozinho nessa, com certeza seria mais rápido, mas em contrapartida sairia de qualquer jeito.
Felizmente eu não estava sozinho e sempre tenho o prazer e a sorte de poder contar com meu fiel amigo de todas as horas, Pedro Souza Pinto, que além de corrigir e revisar minha obra, conseguiu uma capa profissional e linda feita pelo Adamo Alighieri, cujo trabalho você confere aqui http://aareis.com.br/ .
Poucos dias antes do livro ser publicado, resolvi retirá-lo aqui do Recanto, mas agradeço a todos que acompanharam desde o começo o que a princípio era uma "webnovela", com um capítulo sendo solto por dia. Foram quase TRÊS MIL leituras, média de aproximadamente quarenta para cada um dos sessenta e oito capítulos.
Quem, por qualquer que seja o motivo, não pode ler, agora terá a chance de adquirir o livro em "carne e osso", ou baixá-lo em formato E-book aqui: http://www.clubedeautores.com.br/book/129013--Imitando_GEENA ou aqui (na versão pocket, uma belezinha!) http://www.clubedeautores.com.br/book/128806--Imitando_GEENA
Muito obrigado a todos os amigos e colegas escritores que acompanharam essa jornada, que culminou no sonho de ter um livro publicado sendo realizado!
Vou deixar o 1° capítulo disponível aqui para quem se interessar:
1
Sexta-feira, nove e quarenta e cinco da noite.
Está escuro. Observado por uma enorme coruja acinzentada, um lagarto caminha lentamente em direção à outra margem da estrada de terra onde se encontra.
Repentinamente, ele fica imóvel e levanta a cabeça, atento. Pode sentir o chão vibrando sobre seu ventre liso ao mesmo tempo em que começa a ouvir um som que lhe soa extremamente ameaçador. O réptil termina sua travessia correndo, veloz e desajeitadamente. Ele passa por baixo de uma cerca de arame farpado e desaparece no mato, seguido de muito perto pela coruja em um voo rasante. Nenhum dos dois vê quando a caminhonete passa levantando quilos de poeira antes de parar poucos metros adiante. No interior do veículo há uma única pessoa, um rapaz com pouco mais de vinte anos de idade. Ele apanha um guardanapo no porta-luvas e, mais uma vez, lê o que está escrito ali, para depois dobrá-lo e colocá-lo sobre o painel. Sem desligar o farol ou erguer o vidro, desce do carro e olha atentamente ao redor, prestando atenção especial à margem direita da estrada, iluminada pelo seu carro. Algo no chão lhe chama a atenção e ele caminha até lá. É uma pilha de pedras com cerca de vinte centímetros de altura. A maioria delas tinha formato oval, e a que estava no topo era menor que as demais e estava pintada de vermelho.
O rapaz desmancha o monte com a ponta do sapatênis de couro, agacha-se e pega algo que está em meio às pedras, embalado cuidadosamente numa sacola de supermercado. Rasga o plástico com os dentes e encontra em seu interior uma fita de filmadora MiniDv. Retirando-a da caixinha, ele encara o material preto como se pudesse assistir ao que estava gravado ali, sem precisar de um computador ou televisão. De costas para seu carro, ele suspira aliviado e limpa o suor da testa com as costas da mão. Uma sombra em movimento rápido entre ele e seu carro o faz voltar-se para trás. Parcialmente cego pelos faróis, ele vê uma silhueta com algo brilhante nas mãos, depois um comprido risco prateado movendo-se abaixo de seu rosto. Sua garganta foi cortada. Ele leva suas mãos até o ferimento profundo, olha para elas, cai de joelhos e desaba para frente.
Enquanto uma grande mancha de sangue (que parece quase preto sob a luz da lua) se espalha pelo chão de terra e areia, alguém desliga o farol.