ANIVERSÁRIO NAS MERCÊS DE CIMA*
[Carta póstuma]
Foto da Ponci e de um neto
Oi, Ponci, amanhã seria o teu aniversário, aqui, nestas planuras do chão.
AMANHÃ E SEMPRE, QUERIDA AMIGA, TU SERÁS AINDA MAIS ESTRELA, AÍ PELAS ESCARPAS DO INFINITO!
Tu já não estás mais conosco, neste orbe terrestre.
De Porto Mourão, no Paraná, tu postaste poemas lindos, no Recanto das Letras, sob pseudônimo meio engrolado, de étimo hindu (?), que nunca lembro qual seja nem munca me acostumei com ele. (Ah, pois não é que lembrei do 'nick-name'? É este, sim... Y A N N A H. Ela se assinava assim, no Recanto).
Trabalhaste no Banco do Brasil e, por lá, te aposentaste, mas te conservaste sempre jovem e uma linda mulher.
Acima de tudo, afeita e amorosa aos teus.
Hoje estás nas Mercês de Cima, e que Deus te tenha bem à mão direita, amiga.
Amanhã, oh Ponci, como eu te chamava, dantes, com carinho, tu farias aniversário, e, por isso, quero me confraternizar com a família da amiga inesquecível.
VAI, PONCIANA, SER LUZENTE E AINDA MAIS ESTRELA NO INFINITO!
Beijjos na mina Ponciana, que eras / és, e beijos também em toda a tua família.
Nunca, nunca vou te esquecer, Ponci, pois quão foste a querida amiga!
Beijos, solidariedade e saudades a todos os teus, linda prole deixada pela Ponci, que, após acidente de automóvel, num após, foste ouvir e declamar poemas, ao lado do Vinicius, de D. Cecília Merireles e do luso Pessoa, lá nas Paragens de Cima.
Até sempre, menina Ponci,
Fort., 17/05/2021.
- - - - - - - - - - - - -
(*) Nota:
Após acidente aparentemente bobo, a amiga
Ponciana ficou sentindo dores na cabeça.
Ano passado, sem que saiba precisar o mês,
eu ainda conversava com ela, via msn.
Estava-se mudando de Porto Mourão, Paraná,
onde tinha casa, e ia ficar mais perto da filha
casada, não sei se em Maringá ou Paranaguá,
acho que neste importante porto marítimo.
Lembrei também: ela iria residir em Paranaguá.
Amava o neto (foto) e falava de mais dois filhos,
um deles residente no interior de S. Paulo.
Este ano, lá um dia, recebo a infausta notícia,
por e-mail.
Uma filha da Ponci, que acompanhava a mãe
pela internet, repassou-me o desfecho:
"- Minha mãe faleceu!"
A senhora agradecia pela amizade que a sua
mãe fizera com uma legião de amigos.
Não sei precisar o mês, quando se deu o
passamento da Ponci, parece que em dez./
2011.
Hoje, comovido, li que ela aniversariaria neste
dia 18 de maio.
* * *
Mesmo sem autorização formal da família da
Ponciana, transcrevo a seguir o PERFIL deixado
por ela, no Recanto das Letras.
Sua babagem de textos não foi grande; deixou
apenas três, sob o pseudônimo de YANNAH.
Palavras textuais da amiga que se foi, como
P E R F I L
"Sou gente como a maioria das gentes que andam por aí. Tenho mais defeitos que virtudes, padeço de ignorância sobre muitas coisas neste mundão de meu Deus. Entretanto, não me dou por vencida, não me acomodo em zona de conforto, sou curiosa de nascimento, vivo à cata aqui e acolá para resolver meus problemas de foro íntimo, buscando solucionar, matar ou fazer dormir os bichos de 7 cabeças que costumam me aborrecer, tirando meu sono.
Dizem que sou sensível o suficiente para escrever sobre meus sentimentos... Sei não... Ainda não estou convicta. Sou muito crítica comigo mesmo e morro de vergonha de me expor. Por isso, creio que meus melhores escritos vão parar na lixeira.
Me encanta todo tipo de artes, sou capaz de ir às lágrimas apenas observando alguma gravura, quando sinto que ali tem a alma de quem a planejou ou executou. E o mesmo acontece com a música (não sei distinguir um "si" de um "dó" - sou surda para distinguir notas musicais) porém, há músicas que ferem fundo minha alma de analfabeta musical, principalmente a clássica-erudita, mas nem por isso deixo de apreciar outros estilos, os que me fazem bailar, sozinha mesmo, em frente ao espelho.
E quando olho a natureza, o por do sol, o mar com suas ondas incansáveis? Ou à noite, quando me deito no gramado no fundo de minha casa somente para ver as estrelas, e aproveito para fazer meus pedidos quando de repente uma cadente risca os céus. É tudo poesia, é maravilhoso poder sentir o pulsar de nosso coração em perfeita sintonia com o Universo sem fim."
[Carta póstuma]
Foto da Ponci e de um neto
Oi, Ponci, amanhã seria o teu aniversário, aqui, nestas planuras do chão.
AMANHÃ E SEMPRE, QUERIDA AMIGA, TU SERÁS AINDA MAIS ESTRELA, AÍ PELAS ESCARPAS DO INFINITO!
Tu já não estás mais conosco, neste orbe terrestre.
De Porto Mourão, no Paraná, tu postaste poemas lindos, no Recanto das Letras, sob pseudônimo meio engrolado, de étimo hindu (?), que nunca lembro qual seja nem munca me acostumei com ele. (Ah, pois não é que lembrei do 'nick-name'? É este, sim... Y A N N A H. Ela se assinava assim, no Recanto).
Trabalhaste no Banco do Brasil e, por lá, te aposentaste, mas te conservaste sempre jovem e uma linda mulher.
Acima de tudo, afeita e amorosa aos teus.
Hoje estás nas Mercês de Cima, e que Deus te tenha bem à mão direita, amiga.
Amanhã, oh Ponci, como eu te chamava, dantes, com carinho, tu farias aniversário, e, por isso, quero me confraternizar com a família da amiga inesquecível.
VAI, PONCIANA, SER LUZENTE E AINDA MAIS ESTRELA NO INFINITO!
Beijjos na mina Ponciana, que eras / és, e beijos também em toda a tua família.
Nunca, nunca vou te esquecer, Ponci, pois quão foste a querida amiga!
Beijos, solidariedade e saudades a todos os teus, linda prole deixada pela Ponci, que, após acidente de automóvel, num após, foste ouvir e declamar poemas, ao lado do Vinicius, de D. Cecília Merireles e do luso Pessoa, lá nas Paragens de Cima.
Até sempre, menina Ponci,
Fort., 17/05/2021.
- - - - - - - - - - - - -
(*) Nota:
Após acidente aparentemente bobo, a amiga
Ponciana ficou sentindo dores na cabeça.
Ano passado, sem que saiba precisar o mês,
eu ainda conversava com ela, via msn.
Estava-se mudando de Porto Mourão, Paraná,
onde tinha casa, e ia ficar mais perto da filha
casada, não sei se em Maringá ou Paranaguá,
acho que neste importante porto marítimo.
Lembrei também: ela iria residir em Paranaguá.
Amava o neto (foto) e falava de mais dois filhos,
um deles residente no interior de S. Paulo.
Este ano, lá um dia, recebo a infausta notícia,
por e-mail.
Uma filha da Ponci, que acompanhava a mãe
pela internet, repassou-me o desfecho:
"- Minha mãe faleceu!"
A senhora agradecia pela amizade que a sua
mãe fizera com uma legião de amigos.
Não sei precisar o mês, quando se deu o
passamento da Ponci, parece que em dez./
2011.
Hoje, comovido, li que ela aniversariaria neste
dia 18 de maio.
* * *
Mesmo sem autorização formal da família da
Ponciana, transcrevo a seguir o PERFIL deixado
por ela, no Recanto das Letras.
Sua babagem de textos não foi grande; deixou
apenas três, sob o pseudônimo de YANNAH.
Palavras textuais da amiga que se foi, como
P E R F I L
"Sou gente como a maioria das gentes que andam por aí. Tenho mais defeitos que virtudes, padeço de ignorância sobre muitas coisas neste mundão de meu Deus. Entretanto, não me dou por vencida, não me acomodo em zona de conforto, sou curiosa de nascimento, vivo à cata aqui e acolá para resolver meus problemas de foro íntimo, buscando solucionar, matar ou fazer dormir os bichos de 7 cabeças que costumam me aborrecer, tirando meu sono.
Dizem que sou sensível o suficiente para escrever sobre meus sentimentos... Sei não... Ainda não estou convicta. Sou muito crítica comigo mesmo e morro de vergonha de me expor. Por isso, creio que meus melhores escritos vão parar na lixeira.
Me encanta todo tipo de artes, sou capaz de ir às lágrimas apenas observando alguma gravura, quando sinto que ali tem a alma de quem a planejou ou executou. E o mesmo acontece com a música (não sei distinguir um "si" de um "dó" - sou surda para distinguir notas musicais) porém, há músicas que ferem fundo minha alma de analfabeta musical, principalmente a clássica-erudita, mas nem por isso deixo de apreciar outros estilos, os que me fazem bailar, sozinha mesmo, em frente ao espelho.
E quando olho a natureza, o por do sol, o mar com suas ondas incansáveis? Ou à noite, quando me deito no gramado no fundo de minha casa somente para ver as estrelas, e aproveito para fazer meus pedidos quando de repente uma cadente risca os céus. É tudo poesia, é maravilhoso poder sentir o pulsar de nosso coração em perfeita sintonia com o Universo sem fim."