Vento, vento...

Numa noite onde o vento ressaquiava na varanda, os vulto da saudade é que eram minhas lembranças, que alvoaçavam em minha mente a ternura do seu olhar. Desse olhar doce e retraído, de quem não quer ver além, por vezes cabisbaixo, como quem olha pra si mesmo. Queria esse olhar em minha mira, nem que fosse para só fita-lo mais uma vez, sem medo de um talvez. Ah! E o sorriso que eu via após um beijo, e a teimosia de não querer largar, queria ter de novo este desejo, e em seu hálito poder me queimar. No seu abraço firme que me segurava, como era doce me reter naquele aconchego, cheio de segurança e de resguardo, na rendição do teu apego. Hei de embalar-me nestes braços novamente, que me levavam a uma outra dimensão, pensava ter morrido e estar no céu, queria mesmo me entregar de paixão. Seria justo te fazer feliz, porque sua presença melhorou minha essência, se eu pudesse ser o motivo do teu sorriso, como seria doce a minha existência. E este vento que traz lembranças e que arrasta até pensamentos, porquê não me arrasta até você? Que me responda, o vento.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 13/05/2012
Código do texto: T3665025
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