Eterno amor.
Pálidas horas e silêncios gritantes.Meu vazio me apavora, temo a solidão e a noite muda e silenciosa. E eu, da raça dos navegadores errantes busco portos, em noites, em corpos , e em mansas marés defraudo-me ; valho-me da fraude e da farsa para burlar a lei surda e cega e louca , o vazio de minha alma. E a angustia da aparência do que eu sou e em que me transformei me apavora. Não sou nada e nem ninguém, apenas represento uma imagem, miragem aos olhos vil de alguém que um dia foi e se perdeu , nas águas mornas e ternas de um amor absoluto que me consome.