Sonhos
Que tolo, ou louco, insano vil
foste em vida a existência plena da morte senão àquela em que a vida se esvai ao poros.
De que me serves a vida senão os instantes insanos em que viveste e à morte te entregar-te?
De que te serves o ar que respirais e putrefaz com loucuras e poesias mórbidas? De que servem??
Foste enfim à morte como em vida fútil, inerte às mudanças e mutante entre as verdades. Acreditais em coisas loucas, e néscias: acreditais no amor irreparável que transformaria a dor em flores e tudo mais em coisas belas.
Acreditais e viveis uma vida sem par, sem nexo, onde a calmaria existisse sem tumultos e tempestades, creres em um sentimento único e sem igual: viveres um amor âmbar entre cinzas e atro e nem se deres conta de que o mundo, seguia sem ti.
Tolo foste por viver uma vida de esperanças , poesias espalhadas e esparramadas por uma vida inteira de sonhos e planos. Por fim foste levado aos jardins de Era d'onde foste arrancado e atirado à terra feito traça, como um nada, à sonhar e desejar o impossível dos sonhos: o amor.