Alvos Implantes...


Descarrilhado sobre trilhos invisíveis,
um trem submisso, puxa em vão, os vagões desguarnecidos, sob olhares desvalidos. Aquela massa disforme, tinha fome!
Gente, quase podre, sem rosto, sem nome. Eram restos de uma desconhecida sociedade, onde os sub humanos, se alimentavam de sobras infectadas pelo descaso do acaso que tornara o homem, insensível ao sofrimento.
Seres famintos que riam com riso louco, da boca sem dentes, sem ilusão e  sem nenhuma razão.
Eram criaturas alucinadas, que respiravam e devoram pelo instinto, de animais rastejantes.
Alimentados pela mão de aço, que fere e mata...e ainda são cuspidos pela boca milionária, de alvos implantes. Do marfim decepado dos elefantes!
Como todo ser submisso, covarde e sem noção... dos direitos que lhe são cabíveis...
Curvam-se diante do algoz...
E eu choro por isso!
Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 06/05/2012
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