Medo
Só sua presença já me rouba a calma,
Tira-me o sono e me ilumina a vida,
Fazendo dela sofrida a cada partida,
E com mil lanças afiadas me perfura toda a alma.
Faz-me amansar o timbre de minha voz,
E o seu cheiro, esse que me leve.
O espanto sem medo a esse sonhar se entregue,
Quando, em vigília, paro e penso em nós.
Na sua vida não quero ser um segredo,
Uma caricia boa, um bem-querer,
E, o fato de te perder, só me mete medo…
Eu temo que você, ao me lembrar, sussurre
O nome de uma outra no lugar do meu,
E que essa necessidade do seu amor em mim jamais se cure.