Odeio...
Faça-me um favor, não se comunique com nenhum dos meus sentidos.
Pois assim que falam com você, correm direto ao coração para falar de ti.
E lá é perigoso, para mim.
Sabe, eu não gosto de me sentir assim, mas odeio tantas coisas em você.
Odeio o seu papo furado e suas perguntas repetidas.
Odeio ter que repetir nas respostas, e às vezes por descuido, me entregar nelas mais de uma vez.
Odeio ainda tremer, mesmo nos dias quente, com a sua voz.
Odeio querer achar segundas intenções nas suas frases, e odeio mais ainda quando as encontro.
Odeio perder meu tempo em conversas sem sentido, e depois ‘’juntar’’ o que você me disse.
Odeio me sentir refém do que sinto...
Mas tenho certeza que você sabe o efeito que você me causa, e acho que ás vezes faz de proposito.
Ah, se eu pudesse te desligar de mim...
Como em um controle, em um só click.
E só com a cara e a coragem, esquecer.
Mas não consigo algo me prende a você.
Engraçado esse efeito que você me causa, mas entendo essa contradição.
Sabe o que eu mais odeio?
Quando você pula fora da minha vida...
Quando você se torna minha inspiração para escrever...
Eu não queria, eu juro.
Mas é inevitável, inexplicável...
Enfim, eu ainda gosto de você.