O QUE SOU, MINHA CABEÇA DÓI.

Eu também sinto saudades de muitas coisas.. Vidas diferentes. Minha cabeça dói, os estudos são arduos, dolorosos, sendo que as vezes penso que posso estar me perdendo com tantas objeções. Minha cabeça dói. Me aprofundo em perguntas, me afasto do mundo, busco outro mundo, e as vezes nem sei quem eu sou.

Em todas as possibilidades do extremo, sinto tanta dor que não consigo discernir se tudo me parece claro ou se eleva em patamares ora obscuros, ora inexistentes. Quantas decisões, tantas desilusões, tantas verdades escondidas, tantos vocabulários não sentidos, tantas e tantas consequencias de uma busca interminável por algo que nunca é real. Todos dizem tudo, e na verdade não dizem nada.

Por isso confeso, não sei no que eu me meti. Não sei se faço pose, não sei se busco uma mera vaidade intelectual, não sei se ser um monge faz sentido, nem sei porque cresceram tantos sentidos. O fato é que a incompreensão e a intolerância a tudo, acabaram por acizentar jornadas tornando-as meras buscas vazias que não significam nada.

Se Deus me chamasse -- Que assim seja, Se as dores cessassem -- Quanta felicidade; Se o temor pela produção fosse claro -- Nem discutiria; Se as drogas fossem eternas -- Graças a Deus; Se a vida fosse fácil -- Qual seria o nome da bios? Se eu soubesse das respostas -- Quais seriam as perguntas?

De todos os intelectuais monges que discutiram o relativismo, os que comemoraram a razão, os que santificaram o eterno, dos que reivindicaram suas leis absolutas, os que nos tornaram humanos, todos estes que substituiram conceitos antes pífios, estes que agiram com a imperial decisão de ser o senhor no caminho da natureza, ccompreender as coisas, O que é?

-- Que?

Nada temos a dizer se todos já disseram. Dizê-las efetivamente só as tornaria cada vez mais longa inaugurando assim problemas antes não vistos, expressões não expressadas, linguas antes não faladas, doenças antes não detectadas, infinitas e intermináveis associações do infinito..

Dor... -- Venha! Pois até onde não a conhecia, --Prazer. Vou conjecturar com meus segredos, estabelecer novos principios, traçar a máxima explicação, e assim, dor, restará a partir daí o traço de uma verdade incomensurável que por todo universo, suficientemente dirá, Eu sei, agora posso morrer.