Carta ao amado em mim - O auto-engano

O Auto-engano... Sabe-se que existe, mas quem somos?

E de onde vem esse eloquente pensamento que parte de nós mesmos, serpenteia por entre vidas e engana-nos perversamente? Brincando com os sentimentos e verdades, inventando medos, mentiras e ilusão.

Mas quem somos nós, senão os verdadeiros culpados?

Fomos nós? Nos tornamos criadores de monstros, e...

(Olha a tua face a refletir nas laminas da vida)...

não era este o que se encarregava de nossos pesadelos, de nos envaidecer e trazer alivio? E agora?... (olha a tua face no espelho desta alma)... o que ele reflete senão puro enigma.

Este brinquedo, posto em nossas mãos, destina-se a (quebrar-nos, quebrar-se, quebras-te)...

E agora em toda a sua complexidade estamos nós, presos e avultados por estes muros. Levantaram-se pouco a pouco de alusão e falsas certezas, são os frutos do desejo e da ingênua confiança de um homem, ainda imperfeito.

(Engana-se alguém por saber algo que o outro desconhece) Mas como explicar esse tal comportamento? Por que, e como conseguimos omitir verdades de nós mesmos? Retiro o por quê.

Acreditamos no que acreditamos... e por isso somos uma frase incompleta, e isso é o que é, auto-engano