O amor que há em nós.

Nasceu menino, mas quando soube

o que era sonhar, implorava por um

belo corpo de menina.

Por ser diferente, cresceu sem saber

o que era paz.

Em casa, sofria do mal da discórdia;

Na escola, sempre foi alvo de piadas;

Oportunidades de trabalho lhe foram

negadas;

Saiu à passear, a sociedade, afrontada,

o espancou;

Bateu à porta do templo, lá tentaram

exorcizá-lo;

Desesperado, sem suportar a pressão,

o jovem afável de gestos delicados se

lançou do décimo andar.

A cerimônia foi muito concorrida;

Veio gente de fora.

E todos falavam das suas virtudes!

Abril de 2012.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 16/04/2012
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