AOS QUE ABANDONAM

Se você fosse um ser indefeso, inocente da vida,

sem saber por que está no mundo

e ainda assim quisesse lutar para sobreviver

mesmo sem saber por que e para quê,

será que gostaria de sentir o gosto amargo do abandono

na beira de uma estrada, um caminho qualquer, uma rua deserta?

Se você fosse um ser indefeso, inocente da vida,

que mal soubesse andar, nem sequer alimentar-se sozinho,

será que gostaria de sentir a dor e o desespero do abandono

enquanto as mãos frias da Morte

fossem desfiando a frágil teia de vida

que o bom DEUS teceu com tanto Amor e Carinho?

Se você fosse um ser indefeso, recém-chegado ao mundo,

que mal tivesse aberto os olhos,

será que gostaria que o separassem de sua mãe

e o colocassem no colo do acaso, às garras da morte,

à beira de uma estrada, uma rua deserta, um caminho qualquer?

Quem tu achas que é para se sentir tão poderoso

a ponto de decidir que uma criatura morra no abandono

sozinha, sem direito sequer a uma chance de viver?

Pense bem antes de abandonar uma criatura ou criaturas

que DEUS criou e colocou no mundo aos teus cuidados,

devias sentir-se honrado com tal responsabilidade

e não agir com essa frieza e crueldade,

pois DEUS um dia exigirá de ti uma explicação.

E então, quando chegar esse momento, o que você irá dizer?

ROBERTO CARLOS BRAZ DO NASCIMENTO

(ROBERTO BRAZA)

28/02/2007

ROBERTO BRAZA
Enviado por ROBERTO BRAZA em 16/04/2012
Código do texto: T3615141
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