Carta em cores mas ainda ao amigo;

Carta em cores, mas ainda ao amigo;

Nunca tinha parado pra pensar, mas ontem sem querer notei, que existem cores que nos faz lembrar algumas coisas, e é o preto que me faz lembrar você. O mais engraçado é que, muitos consideram a cor escura, uma cor ruim, de baixo astral.

Confesso que também pensava o mesmo, mas mudei de concepção, pois foi numa noite escura que te conheci, numa noite em que, a única luz existente era a luz do luar. Camiseta amarela, bermuda cinza, quase não te percebi á primeira vista. Só quando meus olhos te toparam pela segunda vez, que algo diferente em você chamou minha atenção. O castanho dos teus olhos era radiante, cor de mel, lindos e chamativos, que me chamaram para olhar mais de perto.

O ruivo dos seus cabelos era o que trazia consigo o charme, e com aquele sorriso que não canso de falar, ficou ainda melhor. A partir daí o cenário foi ganhando mais vida, de mansinho, as cores foram chegando, e como se fossem mágicas, distribuíam-se regularmente em cada gesto que fazíamos. O branco da sua pele era como neve, que um dia caiu, pura e alva, e com tamanha perfeição, se fez você, criatura angelical que naqueles poucos minutos de uma noite escura, conseguiu me fazer ver cores que nem mesmo eu conhecia. Ou seria minha mente de tão fascinada, agora misturava as cores e criava outras ?

Por diversas vezes, já tinha ouvido falar, que a alegria mais sincera que existe, é a de uma criança, que sorrir sem falsidade, sem ligar para o que os outros acham ou deixam de achar. E derrepente, várias delas chegaram até nós, ali onde estávamos, brincando, corriam por entre nós, sorridente, elas corriam.

Talvez tivessem vindo nos contagiar com um pouco da sua sincera alegria, pois como crianças, conversávamos e sorriamos. Para nós, os segundos se tornaram horas, pois quando percebemos, as horas já tinham ido embora. Ele adora fazer esse tipo de brincadeira, o tempo, que tudo faz passar, tudo leva e nunca mais trás.

Aos poucos, como em brincadeira de criança, elas, as cores, foram se escondendo e o luar também entrou na brincadeira. Você se foi, e fiquei pensando quando enxergaria aquelas cores novamente. Nem sei por onde tens andado ultimamente, mas bem que queria saber, pra ir de mim á você, aliás, ir de azul á lilás, correr o mundo em cores, pra uma vez mais te ver !

Alex Costa,

02/03/12

Alex Costa
Enviado por Alex Costa em 11/04/2012
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