Cartas ao amigo,

Sozinho, cercado por uma multidão pórem sozinho.

Sofrendo por estar amando, querendo falar, gritar, berrar pro mundo inteiro ouvir esse sentimento que já não cabe mais dentro dessa pequena caixa pulsante chamada coração. Está a ponto de explodir, de transbordar !

Quando te vejo, parece que tudo ao meu redor some, desaparece; parece flutuar por cima das nossas cabeças e chegar até às nuvens. Ouvir tua voz chamando meu nome quando estou pensando em ti é tudo o que eu mais quero, ali, parado, anestesiado por uma emoção, segurando forte o celular, esperando qualquer hora ele tocar e a tua voz suave e macia dizer um simples 'oi' pro meu dia começar acontecer.

Mais como disparada a toda velocidade, invade minha cabeça uma flecha de lembranças, lembrando-me que esse amor é proibido, impossível e pecaminoso. Mas eu queria, como eu queria ! Mas não posso ! Existe uma batalha dentro de mim que grita bem alto e forte : “Se contenha, preserve a amizade e ganhe a confiança.”

Mas ai é que está a questão, não soube mais o que fazer a partir do momento em que percebi que isso não se trata mais de uma amizade somente, de uma comum amizade. É bem mais forte, é diferente, tentando ser inocente, com medo de ter medo, medo de estar com o bilhete premiado nas mãos e por um pequeno descuido deixa-lo voar, sumir e ir até cair em outras mãos logo ali.

É nessa hora que tudo aquilo que sumiu ao meu redor, flutuou e voou até às nuvens acima de nós, cai novamente ao chão, e o impacto ao meu lado é de tamanha grandeza, que as vezes me faz chorar, me deixando ali sozinho, mais uma vez a imaginar, o porque de tamanha dor, o porque de tudo não ser tão simples e o SIM, não ser a resposta para tudo, porém, quase de imediato me vem a resposta:

“É por que não são as respostas que movem o mundo, mas sim, as perguntas.”

E como um dos mais simples e meigos textos, a fábula, essa declaração também tem sua lição de moral:

“Não vou desistir de você, porque TE AMO !”

Alex Costa

23/01/12