Desesperança

Tudo começou desde aquele dia, em que os nossos corações disseram Adeus, em que nossos corpos se distanciaram e nossas almas se multilaram. Foi pelo excesso de desilusões, carregados com ondas torridas de desesperança.

A sensação desesperadora de tudo estar dando errado de nada ir pra frente e o caminho ter se perdido no fim de nossa separação.

Eu quis tirar tudo de ti, eu quis tirar tudo de mim, eu quis me livrar tudo aquilo que me fazia desacreditar que tudo aquilo estava acontencendo, mas por maior que fosse o meu amor, eu já não acreditava mais em nós dois.

O tempo seguiu e as coisas foram acontecendo, problemas e problemas surgiram, problemas em relação a mim, em relação ao nosso passado. Foram muitas descobertas sangrentas, muitas conversas doloridas, muitas noites chorando e gritando calado tentando expulsar de mim tudo aquilo que me destroçava e me destruia, mas já era tarde demais. Eu havia desistido de tudo que havia em mim, dos meus olhos, meus sorrisos, meus sonhos, eu havia desistido de você e junto a isso de tudo aquilo que me fazia acreditar num futuro melhor.

Eu lutei para me recuperar, mas a jornada é longa e meu coração é temeroso, não quer mais passar por tudo aquilo que já aconteceu, segue sem esperança, acreditando sem acreditar e o motivo ainda era você.

Eu quis te odiar, eu quis me revoltar, rebelar e dar a volta por cima, mas eu já havia desistido e já havia perdoado. Essa maldita capacidade de perdoar, me assolando mais uma vez e no final das contas, percebi que o problema era eu, eu havia permitido me arrancar as asas da alma, aquelas que me faziam sorrir e voar, que me faziam ter fé e acreditar que tudo sempre pode melhorar. Era você, por você por me tirar tudo que acreditava e por me fazer acreditar que o meu mundo de esperanças não passava de uma mentira, mesmo ele já se provando verdade várias e várias vezes para mim. A culpa sempre foi sua, mas o problema fui eu por ter amado até desistir de acreditar, por chegar ao final de um caminho que me cegara e jogara em uma estrada escura, sem nenhuma visão ou noção de como e por onde seguir.