Ter, sempre, sempre, sempre ter que verificar tudo, repetidamente conferir tudo e ainda assim em nada confiar, nem em si mesmo nem em ninguém.
Ter a certeza de que nada dará certo, a não ser que os rituais sejam seguidos à risca e rigorosamente executados, até a exaustão feitos e refeitos.
É o que vai na mente de quem sofre de TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo.
Os outros a nos olhar estranhamente, pasmos de tantas, desconexas e singulares ações, demorada e estranhamente observada por incrédulos olhos.
Semblante de quase robotizados seres, semblante de candidatos a permanecerem assim.
Eternamente incompreendidos, vistos como potenciais ocupantes de asilos, loucos varridos e que devem ser afastados de seu convívio.
Cura difícil, mas não impossível.
Olhos tristes a espera de auxílio.
Médicos, psicólogos, terapeutas que ajudam em muito a minorar angústias, sofrimentos.
Uma demência da modernidade?
Legado de traumas ou de incompreensões?
Seremos nós menos gente em virtude disto?
Isto deve ser encarado com mais seriedade e vivenciado sem preconceitos ou errados
conceitos.
Os que sofrem não sofrem por apenas querer sofrer.