Ter, sempre, sempre, sempre ter que verificar tudo, repetidamente conferir tudo e ainda assim em nada confiar, nem em si mesmo nem em ninguém.
Ter a certeza de que nada dará certo, a não ser que os rituais sejam seguidos à risca e rigorosamente executados, até a exaustão feitos e refeitos.

É o que vai na mente de quem sofre de TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Os outros a nos olhar estranhamente, pasmos de tantas, desconexas e singulares ações, demorada e estranhamente observada por incrédulos olhos.

Semblante de quase robotizados seres, semblante de candidatos a permanecerem assim.

Eternamente incompreendidos, vistos como potenciais ocupantes de asilos, loucos varridos e que devem ser afastados de seu convívio.


Cura difícil, mas não impossível.

Olhos tristes a espera de auxílio.

Médicos, psicólogos, terapeutas que ajudam em muito a minorar angústias, sofrimentos.

Uma demência da modernidade?

Legado de traumas ou de incompreensões?

Seremos nós menos gente em virtude disto?

Isto deve ser encarado com mais seriedade e vivenciado sem preconceitos ou errados
conceitos.

Os que sofrem não sofrem por apenas querer sofrer.



 

Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 09/04/2012
Reeditado em 09/04/2012
Código do texto: T3603811
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.