Minha querida,

Milhares de anos se passaram. Talvez milhões. Na verdade sua lembrança agora é apenas um conceito. Possíveis parâmetros para o que não devo fazer aqui no futuro.

Por sua causa vi sangrentas guerras. Revoluções com o vermelho indicando o desaparecimento de vidas. Crianças, velhos e outros ainda jovens também foram cobertas por esse manto macabro de cor vermelha.

Mas, ainda hoje,quando abro as páginas da mídia, televisivas, sonoras e escritas vejo suas fotos estampadas nas primeiras páginas.

Nelas, reconheço seus padrinhos com a mão direita te apoiando com largos sorrisos.

Parece que a pérola negra esta sempre em alta. E seus pingentes e brincos da última foto ostentavam todas essas riquezas.

Se ainda estivéssemos em contato aconselharia que não as exibisse. Afinal é a moeda de ontem e também deste momento. Portanto, chamariz de bandidos como sempre, e principalmente da inveja, coisa que você sempre teve medo.

Lembra do seu vidente pessoal, nem com diploma e nem diplomata, aquele que sempre te aconselhava: morreu! E com ele suas idéias utópicas de um mundo melhor. Mundo distribuidor de harmonia. Mas, existem muitos diplomados em vidência por aí e, com seu dinheiro, poderá aconselhar-se por toda a sua vida.

Vejo também que sua semente fatal e imortal é sucesso em todos os continentes. Parece que tens o dom de criar discórdias, talvez pela sua beleza e mistério. As guerras se espalham como grama verde nos jardins.

Querida por um tempo não quero pensar que tomei consciência dos seus propósitos.

É que ao pensar neles fico enjoado e com vontade de ir ao banheiro. Coisa de homem fraco e velho que, confesso ser com tristeza e dor...

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jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 26/01/2007
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