Primavera é vida...


Nas figueiras começam a surgir os primeiros figos...


Laranjeiras, ainda carregadas de laranjas novas e velhas, 
cobrem-se de alvas e perfumadas flores...



A flor de laranjeira espera poder fazer parte do buquê de alguma noiva...


Refletindo a cor do sol, os limões dão vida à paisagem...


A terra o dá e o homem, através de suas sábias mãos, tira-lhe o proveito:
Videiras, batateiras,
couves, cerejeiras, macieiras, oliveiras, pinheiros...


É renovação constante: caem as pétalas das camélias e, ao mesmo tempo,
das videiras brotam as primeiras folhas. Ao fundo, pinheiros queimados,
vítimas do incêndio do último verão, são substituídos por novos rebentos...



Flores de ervilhas e de favas anunciam que em breve
o fruto estará pronto para ser degustado...


Por todo lado Margaridas e Marias me saúdam com bons dias...


E um trevo de quatro folhas
é sempre prenúncio de (boa) sorte... 

(Imagens recolhidas pela autora em terrenos agrícolas, no norte de Portugal)

 

 

És...

És como a brisa que passa e deixa no ar o vestígio da sua carícia. E como brisa me envolves, como se teus braços fossem um grande e vermelho laço de cetim, trazendo-me familiares aromas de estevas,  rosmaninho e jasmim.

Sinto a tua presença mesmo se não estás junto de mim...
És como o vento que em suave rodopio despenteia as flores do jardim e, delicadamente, sem dor, faz cair as pétalas por terra, como se de um leito se tratasse, e com elas faz amor…
E vento que és, nas tuas asas envolves o corpo meu e me enterneces com o toque doce e sereno de cada gesto teu... 

És como o sol que desperta a terra com o beijo dos primeiros raios da manhã, trazendo na boca agradável aroma de hortelã...
Em cada raio de luz sinto-me com os pássaros viajar e voo até onde os olhos jamais conseguirão alcançar…
És como a chuva que inunda a terra sequiosa para ser fecundada e dela a vida faz germinar.
És emoção que desperta em mim sonhos esquecidos, vestindo-me de sentidos…
A ti me entrego, serena e calma, de corpo e alma, sonhando que vens fazer comigo o que a brisa, o vento, o sol e a chuva fazem com as cerejeiras...

(Inspiração, apenas inspiração, vinda da mãe natureza...) 

Ana Flor do Lácio
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 05/04/2012
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T3596453
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