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"Vida, surpreenda-me”. Perco a conta de quantas vezes desejei que isso acontecesse. Pedia a vida que ela me surpreendesse de uma forma boa, que me arrancasse sorrisos espontâneos, com direito a algumas lágrimas, caso estas fossem de felicidade.

Uma surpresa que me mudasse os meus desejos e vontades, que me fizesse acreditar no que eu não conseguia mais, que me fizesse confiar que as coisas poderiam dar certo sem que pra isso eu tivesse que me sacrificar de uma maneira dolorosa. Uma surpresa que desse cor a minha vida, que me desse coragem, segurança, força.

Que me fizesse esquecer os maus momentos e tirasse de mim o medo deles.

Alguém que me fizesse feliz, que gostasse de mim do jeito que eu sou. Que gostasse do meu sorriso sem graça, das minhas palavras bobas, do meu jeito desajeitado de amar. Que sentisse vontade de estar comigo e que me fizesse sentir o mesmo.

Alguém que eu pudesse abraçar e sentir que era exatamente ali o meu lugar.

Dificilmente eu acreditava que isso poderia acontecer. Mas se tem uma coisa que eu aprendi, é que a vida surpreende quando a gente não pede a ela que isso aconteça. Quando a gente desiste e larga de mão, quando a gente não acredita mais. Quando a gente não procura.

Desde que você passou a fazer parte da minha vida, uma confusão de sentimentos tomou conta de mim. Eu me sentia presa a um passado que me feria e via em você a oportunidade de me libertar disso.

Mas é fato que essa não é uma tarefa muito fácil. E no começo eu achei que não ia dar certo. Achei que por eu ser tao cheia de defeito e tao cabeça dura, não fosse conseguir abrir meu coração pra algo tao convidativo e ao mesmo tempo tao amedrontador.

Convidativo por ser a surpresa que eu queria pra mim. Aquela surpresa boa, que eu sempre desejei. Amedrontador porque por ser tao boa assim, acabava sendo utópico.

Mas bem, por que não se permitir quando não há o que perder?

No começo eu achei que não fosse durar nem uma semana. E talvez essa não seja uma opinião só minha. Com o tempo, eu vi que não era bem assim. A tendência realmente era aquilo ir pra frente, mas de qualquer maneira, eu sentia que você ia desistir a qualquer momento. Porque bem, eu não conseguia me deixar envolver.

É aí que tá o diferencial de tudo. Você, além de ser uma surpresa pra mim, foi capaz de me surpreender de novo. Porque mesmo eu não me esforçando tanto, você não cansou. É, acho que te deixei remando um tempinho sozinho né? =/

E foi vendo isso tudo e vivenciando as suas atitudes aos poucos, que o meu coração tao fechado, se escancarou de uma maneira que nem eu consigo entender.

Quando eu dei por mim já estava sentindo os primeiros indícios de saudade, de carinho e infelizmente, como ninguém é de ferro, de ciúmes também =/

Demorei pra entender que eu realmente estava gostando de você. Porque esse foi um sentimento mais puro do que os que eu já senti antes. Quer dizer, um sentimento mais leve, sem culpa, menos receio, mais tranquilidade, mais saudável, mais delicado.

Um sentimento que eu morro de vontade de oferecer todinho pra você...

Eu não sei o que tem em você que me fascina tanto. Talvez seja essa sua chatice sem fim, suas implicâncias sem causa, o seu carinho, a sua preocupação, o seu jeito de me mimar que anda me deixando mal acostumada. Mas hoje quando eu olho pra você, eu me sinto tao feliz que você não imagina. Sinto uma vontade imensa de apertar você e de agradecer por me fazer tao bem.

Eu não queria estar falando essas coisas...não é fácil pra mim. Mas o mínimo que eu poderia fazer seria te dizer que você é muito importante. E que é o neném mais bobo do mundo por achar que eu consiga ficar com raiva por tanto tempo.

Não esquece que se eu me magoo com você, não é por não gostar...é exatamente pelo contrario.

Você é meu presente de Deus...me faz feliz como ninguém.

Eu te amo =)

“Se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor, não haveria saudade, nem o pensamento o tempo todo em você. Se não fosse amor, eu já teria desistido de nós.”