Boa Noite, Lu!
Sátiro Dias, 30 de Março de 2012.
Agora a pouco...
Passei em frente ao teu novo lar. Ele é mal iluminado, sombrio e tem muitos hóspedes, não é mesmo? A cada dia ouço falar ou observo que um novo morador aparece por aí. Ontem tomei coragem e resolvi te visitar em meio ao frescor da manhã. Te imaginei tão quieto, tão perecível... As lágrimas foram inevitáveis. Onde estão as tuas gargalhadas? Onde tens ouvido aquelas canções? Eu as ouço! Com isso não quero condenar a tua alma, quero me recordar como foi bom te ter em minha vida. Senti uma vontade inexplicável de passar um pôr-do-sol inteiro contigo, sentada como quem te sentisse presente inspirando-me a escrever escritos recheados de saudades. Um dia, quer me chamem de gótica ou não, ainda o farei!
Talvez não fosse necessário tudo isso. Talvez eu nem gostasse tanto de ti, muito menos daqueles que ainda me cercam, mas, tua ausência me fez perceber que há circunstâncias imprevisíveis, momentos imperceptíveis e arrependimentos que só nos vem à tona quando se faz necessário que descanses em paz. Boa noite, Lu!