Carta Para um Antigo Amor
Eu caio dessa depressão,
e me derramo sob um mundo em flor.
Quantas equações antigas querem me matar.
Lembranças quebradas, caídas sobre o chão,
janela de vidro.
Eu as recolhi e joguei no mar aberto;
Todas foram recolhidas e jogadas no mar aberto.
Luto com todas as forças mas desisto, pois a fonte é você.
Me sinto um prisioneiro velho antes do amanhecer,
desejo com todas as forças a vida eterna e um suicídio.
Mas meu desejo hoje não será apenas um beijo.
Não vou lhe beijar cedendo assim ao meu desejo.
Sozinho vou caminhar, mas a onda vem me cortar outra vez.
E enquanto o sangue cai percebo que a culpa não é do mar.
A onda é leve mas a culpa que joguei no mar é pesada,
mas ainda assim não vou trocar meu sonho por apenas um beijo.
Com isso vou parar de sonhar com seu lábios toda a vez.
Quanto ao mar que me corta, já acostumei a sangrar,
e isso abriu os meus olhos do porque ainda penso em você.
Fico por aqui, se quiser me encontrar... Estarei na praia!