Carta aos que se dizem amigos
Carta aos que se dizem amigos!
Rio Largo, 25 de março de 2012.
Um dia sonhei que poderia mudar o mundo, imaginei que com muitos que pensavam como eu, Poderíamos transformar a coletividade. Este sonho foi única e exclusivamente um sonho.
Mudar, podemos sim mudar. Mas podemos mudar na verdade, nossos modos de conduta. Que para poucos será motivo de orgulho. No entanto, estes poucos se resumem a você, ou seja, eu. Este sonho não poderia deixar de existir, porém o mesmo está deixando sim de existir. Está se transformando um grande pesadelo que assombra aqueles que imaginam que sonha é válido.
Lutei intensamente pra o bem comum, entretanto, o bem comum me abandonou. Assim comecei a perceber que se tiveres um sonho, sonhe-o única e exclusivamente para você pois, aquele com quem você sonha, não vai lembrar de ti na realização de seus sonhos, Por isto hoje repenso meus sonhos. Pois nos meus maiores pesadelos com quem eu sonhava, foi justamente quem me esqueceu. Agora não tenho outra saída. Tenho que correr para resgatar meus piores pesadelos. Pois hoje sei que eles seriam meus melhores sonhos.
Esta carta que vos escrevo, espero que chegue aqueles om quem sonhei. E se eles estiveres a frente de algum movimento reflitam. Reflitam em prol daqueles que lutam em prol do povo.
Um líder religioso um dia, prometeu que se você fizesse uma doação, estarias contribuindo com a causa do Senhor (Deus) este líder é detentor de fazendas e outros bens. Enquanto nós o povo, ficamos trabalhando para estes figurões da religião, da política e até para pessoas que se dizem uma liderança comunitária.
Até onde vamos? Onde poderemos chegar? Por que temos que agir assim? Se só quem se dá bem são os que estão a frente?
Cansei! talvez me transforme em um anarquista, um catenga, um comunista ou um religioso que aceita tudo calado. Pois ser o cara que conhece e cobra, não deu certo. Assim, melhor ser o nada ou seria o tudo?
Miguel Nascimento