merda...
Mensagens transbordantes em tua caixa
tantas possibilidades
tantas desilusões
coisas que eu não sei como dizer despencam
avalanche
teu sorriso
distante
as tuas pernas
ainda entrelaçadas às minhas
(em sonhos, tão reais, meu deus)
a paz que me perdeu...
é sempre incompleta a minha vida
sem as tuas risadas
o teu cabelo em meu travesseiro
são perdidas imagens
pedaços de um caleidoscópio que se esbranquiçou...
sons de um reveillon distante
inícios de uma vida que oprimida se perdeu
o meu coração que ainda sangra e forma poças
na calçada do outro lado da rua de frente pra janela do teu quarto
sentada no meio-fio de onde não me vês
sangrando e cuspindo sangue aos borbotões
dentes arrancados, rins que não funcionam
e colunas que se esfarelam no ar
tudo o que era pra ser firme e se esfacela
com um só teu olhar
e quando você finalmente desemboca no final da rua
e enfia o pé nessa poça enlameada
é nos meus sonhos que pisa
e com um muxoxo reclama
merda...