Sobre Jacareí e as noites por ocasião do aniversario em 2012
Sobre Jacareí e as noites.
Observação corriqueira.
Num comentário de um Jacareiense antigo, eu, ouvi o seguinte: a miscigenação vai explodir e a cidade ficara orfã; (mas) cada cidadão absorve um tempo, para o (seu) tempo; quanto a explosão demografica, havemos de compreender que a vida em qualquer tempo apontará um heroi e um carrasco; a cidade mudará de cara, principalmente se for noite de sexta feira; havera buzinas, freios nervosos, pessoas apressadas, botecos de esquina, faróis serpenteando, gente (re)inventando o desejo.
O claro/escuro que possibilita a matiz do pardo alçara espaços horizontais; (amanhã) no invisível dos edifícios, o que (eu) vi eram janelas de alma que acima do meu percurso sinalizam como eventuais fragmentos de uma luz que se dá, por inteiro. Ocorre como que uma (re)significação simbólica, em que ipes amarelos, haikais-leis, são elefantes semelhantes a gigantescos bonsais-brilhantes, erguendo-se num rio cheio de copas mortas, ainda que (re)construído. Leitor: durante a noite os sons se tornam refinado; movimentam-se atrás de muros, pontes e passarelas, são aís que parecem bailar; durante a noite os gestos ficam mais lentos e mais plenos de significados; há em cada esquina da minha cidade, um misto de povo que vai e vem apressado, quiça exista um espaço onde as letra perpetuem. Parabens Jacareí.
Por: Ailton dos Santos