Há quem diga que chorei...
Nos lábios do beijo, senti a amargura que se ajeitava no peito.
repassei a língua nos cantos da boca, degustei-o beijo no mesmo beijo.
Nesses momentos, fica sempre um impreciso sabor da dúvida na boca molhada,
silencioso, abrupto despertar com susto, desconcertante mas simples
e as rugas do rosto rasgos sinuosos do repisar nos caminhos dos anos ,
soma dos passados, em que não nos demos conta quando o presente virou passado,
estas contorceram-se em modelos disformes, impessoais - não os sabia assim possíveis.
Os meus olhos marejados, expurgam o muito que ainda me restava para te amar, o pouco que havia para dizer apenas te sussurrei!
Há quem diga que chorei...