Uma nova Vida!

E amanhece, e eu me levanto... Procurando no “vazio” de uma nova realidade os olhos, os ouvidos e a espontaneidade de um novo caminho, mesmo na treva ou na luz que cega os olhos dos inocentes.

E entardece, o dia cede, enquanto as lágrimas de dor e saudade não secam. A grande expressão de segurança vai se desfazendo, vai cessando, vai morrendo, nas lacunas de esperança que fiz questão de fechar.

Anoitece e anoiteço minha vida na saudade, na esperança, no alento de encontrar o meu afago... Nas mágoas da criança perdida, na nossa infância querida, que o tempo levou, que o tempo comeu, que ele roubou e já não devolve mais.

E amanhece, e amanhece... O tempo passa, os dias passam e você não mais está aqui. Perdeu-se sua essência e a sensação de saudade já não resolve mais nada. O tempo não é mais o senhor da razão, o sentimento não é mais meu fiel guia, minhas lágrimas não mais são válvula de escape, os sorrisos podem não ser de felicidade. Eu já não sei mais quem eu sou. Eu já não sei de nada, nada sei demais...

E vou andando, sem destino, sem caminho, sem dar voltas. Nômade comandante da minha vida, enquanto ela fingir ser de fato minha. Mas, ando e volto, ando e volto no tabuleiro finito, bailo no alto, canto isolado, grito as palavras, choro as vitórias, zombo as derrotas... E vou caminhando, devagar vou caminhando, rumo a novas sensações.

E vou indo e vou indo... In (definindo) o caminho das perguntas, vou questionando as respostas, sem mesmo saber por quê. E vou fugindo, e vou chorando e vou fazendo, e vou correndo, e vou andando, e vou sorrindo, e vou lutando, e vou brincando de viver...

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 24/02/2012
Código do texto: T3516844
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.