Poeta,
pintei teu retrato,
um tanto abstrato,
um corpo sem rosto...
Com tanto desgosto,
ou tanto gosto!
Um nu na parede
ao lado da cama...
Que me olha, me chama!
E que eu posso tocar...
Refazer o caminho de volta
com dedos ágeis...Apenas tocar!
Na fria parede, nas noites insones,
tocando em ti...Assim!
Macular teu rosto, sem rosto!
Teu peito em pelo...
E beijar teus lábios,
Apenas um selo...
Oferecer minha nudez,
provocando em ti...
Arrepios...Talvez!