PERDI VOCÊ, MEU AMOR - O GRANDE AMOR DE TODA A MINHA VIDA

Em algum lugar - fevereiro de 2012

Querida

Perdi você. Tudo devido a minha incapacidade de amar, de demonstrar esse amor, de externar meus sentimentos, pela minha inexperiência junto a você, mulher menina , simplesmente não sei amar, não sei gostar, não sei confiar, não sei conduzir valores, não sei conduzir a dança, não sei as falas, não conheço as deixas, não conheço os momentos certos de agir , de esperar, de analisar toda uma situação , todo um contexto, em suma, o Universo Feminino. Não sei conduzir-me a mim mesmo.

Perdi você. Também pelo meus medos, minha falta de coragem, coragem para enfrentar o mundo, enfrentar a todos, enfrentar você, enfrentar sua família, enfrentar a minha família, enfrentar a mim mesmo, enfrentar todas as nossas diferenças, conhecê-las e encará-las, transformá-las de abismos em pontes. Mudá-las de classe, de complicadores em facilitadores, ou quando muito procurar entendê-las e administrá-las com sabedoria.

Perdi você. Por não ter sido audacioso, no falar, no olhar, no pegar, no abraçar, no afagar, no arfar. Tudo na medida certa. Nem demais nem de menos. Há uma medida , um nível adequado.

Perdi você. Quem sabe por parecer sufocar você com a minha presença, a minha insistência, os meus contatos , talvez demasiados. Há nesse ponto um grau aceitável, também.

Perdi você. Por ter deixado-a livre demais, liberta demais, não marquei meu território, não demonstrei isso a você nem aos outros nem a mim mesmo. Não se trata de posse. De possuir no sentido material. Mas de demonstrar de maneira inequívoca, firme e eficaz meu interesse. Interesse em amar, interesse em estabelecer , cultivar e crescer, juntos, em um relacionamento sincero, afetivo, amoroso.

Perdi você . Mas como se perde alguém que nunca foi seu, em nenhum sentido? Quer no plano dos sentimentos, quer no plano físico, quer no plano intelectual, quaisquer que sejam os níveis - como em um jogo - um game - um videogame - nunca senti a sensação de que pertencêssemos um ao outro, não como coisas, coisas físicas, propriedades, nada disso. Mas como pessoas, como gente, como seres humanos, que se importam uns com os outros e que acham e dão valor a serem importantes para outras pessoas, a sentirem-se amadas e a sentirem-se que amam e que seus sentimentos são mútuos e recíprocos. São partilhados e compartilhados.

Perdi você. Pois não sou sábio, não sou inteligente. Não tenho inteligência emocional, afetiva ou quaisquer que sejam as suas denominações, suas rotulações. Apenas não fui sábio. Ou talvez não fui um pouco burro. Na medida daquela máxima de que a ignorância é uma bênção.

Perdi você. Nada mais importa. Agora é tarde. Muito tarde. Já se faz tarde. E sabe de uma coisa? Parece que sempre foi tarde. Parece-me agora que eu sempre estive, estava e estou em desvantagem. Nada tem valor quando não demonstra valor, quando não se dá valor, quando não se impõe valor. Lembra outro dito popular. A de que coisa oferecida não tem preço.

Perdi você. Resta o aprendizado, a experiência, a vivência. Resta e importa também os bons momentos vividos, as boas sensações sentidas, a felicidade, sensação de importância, do amar e do sentir-se amado, dos momentos juntos de cumplicidade, de afetividade.

Perdi você. Mas mesmo assim valeu a pena. valeu muito para mim. Alimentou meu coração, minha emoção, minha afetividade, minha autoestima. Foi um ótimo alimento para a alma, para o espírito.

Perdi você. Não se culpe, menina mulher. A culpa foi minha, plena e totalmente minha. Somente minha culpa e de mais ninguém. Pelo simples fato de que EU NÃO SOUBE LHE AMAR e por outro fato: EU NÃO ME FIZ AMADO. EU NÃO ENSINEI, DEMONSTREI A VOCÊ, POR FIM, QUE EU PODIA SER AMADO E QUE VALERIA A PENA VOCÊ ME AMAR.

Seu - sim seu ;

Vauxhall

Vauxhall
Enviado por Vauxhall em 18/02/2012
Reeditado em 23/09/2012
Código do texto: T3506034
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.