Ao Novato do Media Player
Olá, como vai? Pois bem.
Deixe-me fazer alguns comentários quanto à sua arte que comecei a perceber ontem. De fato não é nada totalmente desconhecido aos meus ouvidos porem, confesso, é a primeira vez que paro para prestar atenção para ouvir o que o senhor está dizendo.
É bonito, é criativo e me causa certo nível de inveja. Queria sim ter a mesma habilidade com palavras, com rimas em busca de um significado subjetivo. Escrever de forma subjetiva é interessante porque cada um tira dali o que quer e o que precisa, mas também é perigoso, os que buscam algo mais profundo podem ir fundo demais.
Sabe, meu problema não é rimar, esta não é uma manobra difícil, porem rimar amor com dor a cada verso não é nada bom. Na hora da rima as palavras me fogem.
Talvez pelo atual cenário em que me encontro, digo a você que suas musicas, em sua maioria, me remeteram a um mesmo fato ou a mesma mensagem, exceto uma ou outra, como as mais antigas que me acompanham desde o tempo em que esse tipo de “problema” não existia.
Só que eu posso agora tentar buscar um daqueles significados, digamos, positivos. Porem, sua musica vem me mostrando uma situação que eu tenho evitado a algum tempo, tudo de uma perfeição irritante e bonito demais.
“por onde passa encanta”, “os meus olhos cheios d’água”, “tua voz me tomando por dentro”. “investir o tempo em você é um lucro absurdo de vida e prazer”, desculpa, mas não to podendo não. Talvez em um momento onde eu esteja mais criativo para poder imaginar coisas diferentes.
Mas não digo que é ruim, não! É bonito, é elegante e refinado, o senhor só deu azar por ter chego num momento em que estou tão sem assunto, lutando para não cair na sombra do arrependimento ineficaz.
Ta tranqüilo, de um jeito ou de outro é uma forma de enriquecimento intelectual, me mostrou expressões que eu não conhecia e que achei geniais. Por hora, enquanto me mantenho num certo equilíbrio frágil, prefiro acreditar (mesmo que sem razão) que “me leva escondido na mente” e que o que acontece não se trata de um “Caso Perdido”.