Desídia. Preguiça de Ler.
Pequeno alerta,
É um grito de dor que ecoa...
Minha cara sociedade,
É no mínimo intrigante o presente tema. Ando questionando alguns colegas, e muitos ditos formadores de opiniões, acerca de seus interesses por literatura ou leituras em geral, técnicas, científicas, religiosas, de atualidades, história antiga, romances, ou até mesmo fofocas e outras banalidades televisivas. E me surpreendo com as respostas. Não há tempo (essa é a resposta preferida), há muito cansaço, correria, desestímulo...
Perdoe-me sociedade pois me dirijo a vós, mais estás fria e emburrecida. Inerte, inercial, ou aquele vocábulo que desde os tempos de secundaristas ouvimos, alienada. Posso estar sendo rude, muitas vezes o verossímil é um fardo; piegas ou retrô, contudo não diminuto em razão.
Não haveria o menor prazer ou sentido nas relações humanas caso todos pensassem de forma equivalente, nasce dái o respeito ao próximo, a tolerancia, o não ao preconceito de qualquer rótulo. Mas não consigo negar também o prazer em trabalhar as palavras, em deleitar-me em um bom livro, enfim, sem falsas modéstias, no descobrimento através da leitura, na perspicácia, ou, se preferir, na curiosidade. Tornamo-nos rasos e míopes ao mundo sem a leitura. Felizmente não é um processo irreversível, menos mal. Vemos sexagenários aprendendo a ler, e como é mágico esse momento.
Voltando a acusação que teci no primeiro parágrafo. O emburrecimento e a frieza deve-se basicamente a desídia. Isso mesmo a preguiça. É sempre mais fácil assistir do que ler. É sempre mais fácil pesquisar em um site de busca, copiar e colar, do que consultar uma enciclopédia e elaborar as próprias resenhas (será que todos entendem esse termo?...). É sempre mais cômodo aceitar do que reivindicar. Compreendem? Como podemos nos considerar evoluídos com a tecnologia, quando a sua mazela vem na mesma proporção? Não desmerecendo, obviamente, pois estou utilizando-me dela neste momento e vocês também. O motivo é nobre, não se compara. Não podemos perder a boa ingenuidade ou encolerizar nossos olhos de soberba quando detemos o conhecimento, pelo avesso, pois é um mergulho infinito. Como diria o Poeta...só sei que nada sei... todavia não é motivo para nossa resignação.
O brasileiro lê menos de dois livros por ano, dados estatísticos. O europeu acima de doze, por exemplo. Não é militarismo, mas o alarde é real. Temos um aliado virtual como o Domínio Público, quase totalmente desativado em função da não utilização. Agora vejam as redes sociais... é preocupante. Como diria o Facebook, vamos "curtir" mais uma vez essa ideia do incentivo a leitura. Pensamos em segurança quando o problema é educação... Pensamos em aumentar as vagas de emprego, quando o problema é falta de qualificação, não de vagas... Não espere mais do governo, sociedade. Faça por si. Não por marcas de colégios famosos ou tirando a infancia dos filhos, colocando-os no curso de inglês aos três anos de idade (é insano). É valorizando os princípios em casa, revisando a função da família. Vamos começar pelo gibi, o bom e velho gibi, em seguida a literatura juvenil e assim por diante, até Shakespeare ou Camões, não importa. Importa é nos importarmos com o futuro pensante dessa imensa nação continental, não apenas com o não menos importante aquecimento global. Aqueçamos nossas mentes, pelo amor de Deus! Não deixemos as páginas de nossas vidas em branco, ao léu. Não me estendo mais em raciocínio, para que a preguiça não vos recaia. Agradecido, Dom Leonardo, mero professor. Não quero ser repetitivo, mas voltarei para a sabatina.
É um grito de dor que ecoa...
Minha cara sociedade,
É no mínimo intrigante o presente tema. Ando questionando alguns colegas, e muitos ditos formadores de opiniões, acerca de seus interesses por literatura ou leituras em geral, técnicas, científicas, religiosas, de atualidades, história antiga, romances, ou até mesmo fofocas e outras banalidades televisivas. E me surpreendo com as respostas. Não há tempo (essa é a resposta preferida), há muito cansaço, correria, desestímulo...
Perdoe-me sociedade pois me dirijo a vós, mais estás fria e emburrecida. Inerte, inercial, ou aquele vocábulo que desde os tempos de secundaristas ouvimos, alienada. Posso estar sendo rude, muitas vezes o verossímil é um fardo; piegas ou retrô, contudo não diminuto em razão.
Não haveria o menor prazer ou sentido nas relações humanas caso todos pensassem de forma equivalente, nasce dái o respeito ao próximo, a tolerancia, o não ao preconceito de qualquer rótulo. Mas não consigo negar também o prazer em trabalhar as palavras, em deleitar-me em um bom livro, enfim, sem falsas modéstias, no descobrimento através da leitura, na perspicácia, ou, se preferir, na curiosidade. Tornamo-nos rasos e míopes ao mundo sem a leitura. Felizmente não é um processo irreversível, menos mal. Vemos sexagenários aprendendo a ler, e como é mágico esse momento.
Voltando a acusação que teci no primeiro parágrafo. O emburrecimento e a frieza deve-se basicamente a desídia. Isso mesmo a preguiça. É sempre mais fácil assistir do que ler. É sempre mais fácil pesquisar em um site de busca, copiar e colar, do que consultar uma enciclopédia e elaborar as próprias resenhas (será que todos entendem esse termo?...). É sempre mais cômodo aceitar do que reivindicar. Compreendem? Como podemos nos considerar evoluídos com a tecnologia, quando a sua mazela vem na mesma proporção? Não desmerecendo, obviamente, pois estou utilizando-me dela neste momento e vocês também. O motivo é nobre, não se compara. Não podemos perder a boa ingenuidade ou encolerizar nossos olhos de soberba quando detemos o conhecimento, pelo avesso, pois é um mergulho infinito. Como diria o Poeta...só sei que nada sei... todavia não é motivo para nossa resignação.
O brasileiro lê menos de dois livros por ano, dados estatísticos. O europeu acima de doze, por exemplo. Não é militarismo, mas o alarde é real. Temos um aliado virtual como o Domínio Público, quase totalmente desativado em função da não utilização. Agora vejam as redes sociais... é preocupante. Como diria o Facebook, vamos "curtir" mais uma vez essa ideia do incentivo a leitura. Pensamos em segurança quando o problema é educação... Pensamos em aumentar as vagas de emprego, quando o problema é falta de qualificação, não de vagas... Não espere mais do governo, sociedade. Faça por si. Não por marcas de colégios famosos ou tirando a infancia dos filhos, colocando-os no curso de inglês aos três anos de idade (é insano). É valorizando os princípios em casa, revisando a função da família. Vamos começar pelo gibi, o bom e velho gibi, em seguida a literatura juvenil e assim por diante, até Shakespeare ou Camões, não importa. Importa é nos importarmos com o futuro pensante dessa imensa nação continental, não apenas com o não menos importante aquecimento global. Aqueçamos nossas mentes, pelo amor de Deus! Não deixemos as páginas de nossas vidas em branco, ao léu. Não me estendo mais em raciocínio, para que a preguiça não vos recaia. Agradecido, Dom Leonardo, mero professor. Não quero ser repetitivo, mas voltarei para a sabatina.
***